Corridas e Tiros

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🚫 Esse capítulo será bastante violento, se você é sensível a esse tipo de conteúdo, sugiro que pule. Caso opte por continuar, boa leitura 📖

Jodi entra em nosso apartamento usando seu vestidinho de garçonete enquanto estou calçando meus tênis, ela dá um olhadinha rápida no que estou fazendo e sorri.

- Vai correr a essa hora? - ela indaga enquanto joga as chaves do chaveiro.

- É só uma caminhada.

Eu preciso pensar um pouco para colocar meus pensamentos em ordem, andei passando por muitas coisas tensas nesses últimos dias e uma caminhada sozinha sempre me ajuda a pensar.

- Toma cuidado. Hoje é dia racha perto das docas e costuma ir muito marginal pra lá.

- Do jeitinho que você gosta - retruco e ela pisca pra mim sorrindo, tomando o rumo da cozinha.

- Hein! - ela chama de lá - Vou a boate com as meninas do trabalho hoje, não precisa me esperar.

- Eu nunca fiz isso - implico. Me levanto e vou até a porta, pego minhas chaves e meu celular, colocando no bolso da jaqueta. Ajeito meu gorro na cabeça e falo -. Até mais, maninha.

- Se cuida!

A minha rota de caminhadas e corridas é sempre pelo mesmo caminho: uma calçada com ciclovia que corta toda a doca da cidade. Não vou mudar meu caminho hoje só por causa do racha, é só eu passar direto e tudo ficará bem! Nem é tão tarde, apenas sete da noite e geralmente demoro uma hora no percurso por não atravessar toda a cidade.

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Já próxima da parte obscura das docas, não consigo conter a curiosidade ao ver toda aquela gente, as mulheres exibem seus corpos em roupas curtíssimas e justas de couro enquanto os homens exibem seus carros. Mas uma coisa específica me chama ainda mais a atenção; o senhor Derick Azikiwe passando por entre toda aquela gente de maneira muito apressada, sua cara está tão fechada que parece até quando olha para mim.

O que ele está fazendo?

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Derick

Passo por dentro dos contêineres como um raio - um raio furioso -. Nem me dei ao trabalho de ordenar para levá-lo à Senzala, vou acabar com esse saco de bosta aqui e agora.

Me viro em mais um curva dentre as pilhas e caixas de ferro e chego ao espaço onde os homens da Donker Maan o mandem contido, o seguram ajoelhado no chão e o mantém de cabeça abaixada, e assim que veem, agarram a cabeça dele o obrigando a olhar pra cima.

- Me roubou, filho da puta! - paro na sua frente e fecho os punhos. O murro em seu rosto vai com tanta força que o faz cuspir os dentes. Não fiz uma pergunta, eu sei a verdade e só quero acabar logo com isso e ir para os braços da Penélope.

- Antes de continuar - Dominique me interrompe quando já estou preparando outro soco -. Preciso ir à boate, parece que um cara acabou de morrer de overdose lá e preciso resolver isso sem levantar escândalos. Se vira sem mim?

- Pode ir, irmão - o libero. Dom vai até uma das motos, pegando uma e acelerando para longe daqui.

Volto para o homem na minha frente e continuo:

- Onde estávamos? Ah é! - sorrio caçoísta e aponto para as motos estacionadas próximo de nós. Vou caminhando até lá - Tragam ele aqui!

Os capangas o arrastam, ele até tenta lutar, balançando seu corpo na tentativa de se soltar, todavia não surte efeito algum. Então parte para barganha:

Chefe Cretino Onde histórias criam vida. Descubra agora