Penitência - Derick

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🛑 Aviso de conteúdo extremamente violento e perturbador nesse capítulo 🛑
Vocês estão prontas, crianças?

Albert Einstein disse que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Mas claro que isso não me impede de fazer picadinho de um preconceituoso e racista.

Se eu fizesse o que Júlia disse e postasse o ocorrido no Instagram, iria acabar dando a essa vagaba toda atenção que eu não quero no momento. Preciso que ela continue no anonimato para não me tornar um suspeito no desaparecimento dela.

Quando Dom e eu conversamos com o gerente a mulher foi demitida imediatamente, mas algo em meio ao diálogo me fez mudar de ideia sobre o anonimato e expus a loja racista no final das contas, pois ao observar o olhar do próprio gerente, vi que aquela atendente não é a única racista alí. Essa empresa vai falir e seu nome ficará na lama antes mesmo de eu terminar a penitência da asiática. Uma etapa da vingança de cada vez.

- Os caras já pegaram ela no estacionamento - Dom diz ao meu lado fuçando o celular enquanto esperamos as garotas, foram ao banheiro pois Jodi começou a chorar ao saber da história e precisou ir retocar a maquiagem -. Ela vai se arrepender por fazer meu cajuzinho chorar.

- Você nem gosta de caju.

- Mas eu gosto de castanha de caju.

Antes de eu retrucá-lo, vejo as meninas voltando do corredor que leva ao banheiro feminino.

- Garotas, pintou um probleminha de negócios para Dominique e eu no trabalho. Vamos deixá-las em casa e... - Júlia me interrompe antes que eu conclua.

- E quem disse que queremos ir agora?

- Como?

- Vamos ficar no shopping, vocês podem ir resolver o "negócio" de vocês! - ela fez questão de usar aspas. Ela sabe que se trata da mafia, só não sabe o que é, e tenho certeza que surtaria se soubesse, já que vive nesses princípios do politicamente correto.

- Tudo bem para você, amor? - Dominique pergunta à Jodi em relação a deixá-las no shopping.

- Tudo sim - ela acena -. Não é primeira e nem a última vez... Você entende muito bem disso, né? - diz com um sorriso triste.

- Mas nunca irei deixar alguém a menosprezar e ficar por isso, tá bem? - ele vai até ela e lhe dá um beijo na testa - Vou resolver tudo rapidinho e já retorno, está bem?

- Vamos logo antes que eu vomite - digo, incomodado com tanto romance bobo, vou andando na frente enquanto Dominique deixa seu cartão de crédito com a namorada.

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Como Kylie estava com a gente no shopping resolvemos trazê-la para o Casulo conosco, eu sei que é arriscado, mas só vai durar uma meia hora até acabarmos com a mulherzinha.

- Escuta! - chamo atenção de dois funcionários meus que até então estavam distraídos conversando - Vocês dois vão ficar responsáveis por ela até eu voltar. Se eu encontrar um arranhão sequer no meu retorno torça para que eu só os mate!

- N-não se preocupe senhor - um deles fala - eu sou o pai, sei o que fazer.

- Ótimo!

Dou-lhe a ordem para descer com a gente para subsolo, quero deixá-la o mais perto de mim possível, mandei que cuidasse dela no meu escritório que fica ao lado da Senzala, não a deixo comigo na sala de observação pois não quero que veja e nem escute nada de lá.

E ao entrar no observatório, vejo que a atendente está começando a acordar

- É hora do show!

Chefe Cretino Onde histórias criam vida. Descubra agora