Jantar

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A intensa história do Derick e da Júlia já está na reta final! Muito obrigada a todas(os) pela companhia.

A visão de todos sorrindo e brincando diante da mesa de jantar é mágica. Mesa esta que hoje está bem mais montada do que no cotidiano, com luzes coloridas e enfeites natalinos. Observo Dorotéia entregando a faca para Kenner cortar o peru, Dominique servindo vinho branco a Jodi enquanto os dois riem de algo que ela falou e Derick ajudando Kylie a comer. Essa é a nossa família agora. Eu tive sim muitas perdas, mas Deus me presenteou com uma família mais linda do que eu poderia imaginar. Claro que está faltando meu pai aqui conosco, até nos oferecemos para trazê-lo para jantar aqui hoje, mas agora que ele arrumou uma namoradinha no asilo, não quer mais sair de lá de jeito nenhum, até o Natal escolheu passar com ela ao invés da gente. Depois Jodi e eu faremos algo com ele.

- Titi, quer cookie? - a vozinha doce de Kylie me tira do meu espairecer. Olho para a pequena ao meu lado com seu bracinho estendendo o biscoito em forma de homenzinho para mim.

- Já está comendo a sobremesa? A mamãe vai brigar.

- Titio Derick falou que pode - ela dá uma mordida na cabeça do biscoito.

- Então sua mamãe vai brigar com o tio Derick também. Ele é uma péssima influência - elevo meu olhar alguns centímetros, encontrando com o dele, que sorri para mim.

É isso mesmo, Kylie finalmente está falando abertamente, agora até demais. Ela começou a se soltar enquanto Derick estava internado, como o hospital é dos Azikiwe, não havia restrições para eles. Então enquando Dorothy ia todos os dias visitá-lo, levava Kylie, que ficava curiosa sobre todo o novo lugar e não aguentava se segurar nas perguntas. Acabava brincando com todo mundo, principalmente com as enfermeiras que a estimulavam.

Apesar do aperto que passamos com Penélope naquela cobertura, serviu para algo bom despertar em mim, desde aquela noite eu estou valorizando mais o que tenho ao invés de viver presa no que eu perdi... Principalmente no que eu nunca tive. E quando eu falo em valorizar, falo até dos sentimentos do cabeça dura do Derick. Mesmo ainda tendo muitos tabus para quebrar naquela cabecinha - o que é comum para qualquer ser humano que procura expandir seu conhecimento e evoluir - ele tem afrouxado aos poucos seus extremismos. Até entregou Penélope para a polícia ao invés de arrancar seus membros, costurar seus olhos e boca para deixá-la se alimentando por sonda e usando frauda geriátrica enquanto vegeta pelo resto da vida como ele disse que faria.

Mas não, não estamos juntos. Somos apenas amigos. Mesmo a tensão atrativa sobre nós quando estamos no mesmo ambiente sendo inegável.

As conversas paralelas seção ao ouvirmos a colher tinindo na taça de Dorotéia e ecoando pela sala de jantar.

- Não foi um ano fácil - ela começa -. E não tenho pudor algum em dizer que mais da metade das nossas preocupações nesse ano veio por causa do Derick - diz com bom humor -. Mas estou feliz em tê-lo aqui e bem, maninho - ela ergue a taça de Champanhe e nós também.

Seguido dela, o restante de nós fomos falando um atrás do outro sobre o que somos gratos, não fizemos isso no Dia de Ação de Graças pois Derick ainda não tinha saído do hospital.

O restante do jantar seguiu harmônico como começou, mas agora com mais piadas do Kenner e humor negro de Dominique.

Ao final do jantar, Derick e Dominique nos acompanhou até em casa, não dormiríamos na mansão, pois Jodi tem algum trabalho complementar da faculdade e eu irei ajudá-la. Finalmente ela está conseguindo cursar sua tão sonhada psicologia, Dominique deu ajudinha, mas o maior mérito vem dela.

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Ao chegar-mos ao nosso prédio, Jodi logo sobe com Dom, que está ajudando-a com alguns doces que ela pegou do jantar, já eu, logo antes de entrar na portaria para ir ao elevador, sinto a mão de Derick segurando delicadamente meu braço. Paro, o calor de sua mão em contato com meu casaco é gostoso. Me viro lentamente e olho em seus olhos, dou-lhe um sorriso simpático, pronta para ouvir o que ele tem a dizer.

- Sim?

- Preciso pegar uma coisa, se não tiver problema - ele parece um pouco receoso.

- Claro. Pegue o que você precisar.

Eu não esperava que ele tivesse falando de mim, mas percebo que está quando ele aproxima lentamente sua mão e acaricia meu rosto com delicadeza. Acho que nem preciso comentar esse ato tão simples já provoca um formigamento entre as minha pernas.

Ele mantém a carícia, analisando atentamente cada sinal ou expressão minha, quer saber se vou repelí-lo, mas não o faço, ao invés disso eu inclino ligeiramente meu rosto contra a sua mão, aprofundando o carinho.

Ele morde o lábio inferior, como a fera que é, aconchega seu corpo ao meu e agarra meu cabelo com firmeza.

- Estou pegando.

- Derick... - ofego.

- Júlia... - ele sorri.

Mantemos o olhar meloso um sobre o outro, eu espero ele me beijar, mas ele está ocupado demais admirando meu rosto. Ele me aquece diante do frio de inverno de Portland. Acho que ele decide me beijar finalmente, pois lentamente aproxima o seu rosto do meu. Mas somos interrompidos pelo meu celular tocando no bolso. Claro que isso tinha que acontecer. Desvio o olhar para meu bolso para pegar o aparelho. Atendo.

- Dominique me falou que Derick quer te levar pra sair. Pode ir, ele vai me ajudar do trabalho - é a Jodi.

Sorrio e olho para o homem na minha frente de novo.

- Eu, como sempre, sou a última a saber - digo brincando.

- Tenha um bom encontro e não faça nada que eu não faria - ela desliga.

- Então... - falo com Derick, animada - Qual a programação da noite?

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Derick se senta na cama ainda com o pênis dentro de mim. Eu logo começo a quicar como uma puta no colo dele, ele se movimenta também, nós dois em sincronia. O som dos gemidos prazerosos escapam como uma música de luxúria dos nossos lábios, levo uma das mãos a sua nuca e cravo minhas unhas alí, com a outra mão passeio com as garrinhas em suas costas. Ele sussurra um "isso" em aprovação, eu fico louca. Deixo-me levar pelo gostoso ardor que o grosso pênis provoca em mim.

De repente ele segura meu quadril, me fazendo parar de pular, cortando o prazer.

- Hã? - o questiono.

- Eu quero que você goze mais antes de mim.

Ainda me segurando, ele se deita e me puxa até seu rosto, me fazendo sentar sobre sua cara, imediatamente já sinto sua língua circular meu clitóris.

- Oh, Derick! - gemo - Porra!

- Goza pra mim, minha cachorra gostosa.

É só o que ele precisa dizer, a onda de prazer me atinge de uma só vez! Reviro os olhos e me desmancho em cima dele.

Só que ainda não acabamos...

Chefe Cretino Onde histórias criam vida. Descubra agora