33° CAPÍTULO
BETTY
Finalmente chegou o grande dia. O dia do meu casamento.
Vou realizar um sonho que ficou por tanto tempo adormecido dentro de mim, na verdade esquecido mesmo. Eu não queria mais saber de homem nenhum na minha vida, pra mim, qualquer homem que encostasse-se a mim seria para me machucar. Mas com o Jughead foi completamente diferente. Ele foi o único homem que eu, em momento nenhum, me senti ameaçada perto. Muito pelo contrário. Desde o inicio ele me passava total confiança, o jeito como ele ama e cria o meu filho como se fosse dele, o que de fato eu acho que passou a ser, pois a partir do primeiro dia em que eles se viram e o Dylan o chamou de pai, sem ao menos o conhecer direito. Essa ligação que os dois têm um com o outro é muito linda.
O Jughead inclusive disse que faz questão de, depois que passar o casamento, entrar com um processo na justiça para adotar o Dylan e passar o seu nome pra ele. Eu não ousei discordar, pois eu sabia que ele não iria desistir e eu também não me importei. Eu fiquei bem feliz em saber que ele queria que o meu... quer dizer, nosso filho tenha o sobrenome dele.
Ele disse que uma das muitas razões para ele querer essa adoção é que ele não quer que o Dylan se sinta diferenciado dos irmãozinhos que virá por ai. Isso foi ele que disse.
Irmãozinhos... Meu Deus! Pra mim, só mais um filho está ótimo, mas estou vendo que se for pelo Jughead, montaríamos um time de futebol.
- Betty, mulher! Vem colocar o vestido. – diz a Verônica já desesperada.
Passamos a tarde inteira em casa nos arrumando, elas contrataram um spa para vir aqui e fazer todo o trabalho. Eu nunca fiquei tão relaxada em toda a minha vida. Quero me casar mais vezes pra ter esse tipo de tratamento.
O Jughead ficou o dia inteiro com o Dylan e os outros homens da casa se arrumando, eles ficariam responsáveis por arrumar o Dylan, que levará as alianças, e eu já cansei de pedir pra Julia e minha mãe irem ver o que eles estão fazendo com o meu filho, pois se depender do Jughead, o Dylan vai de sunga. Se ele falar que não quer colocar o terninho o Jughead não vai obriga-lo a colocar o terninho. Ele tem um coração muito mole quando se trata do Dylan.
Quem diria! Jughead Jones com um coração mole. Se me dissessem isso há um ano e meio, quando eu cheguei àquela casa, eu não acreditaria.
- Anda Betty, o Jughead vai ficar louco se você demorar mais um minuto.
- Ai! Tá! Tá! Estou indo.
Levanto-me da cadeira e olho pela ultima vez a leve maquiagem feita em minha pele e não pude deixar de sorrir tamanha era a minha felicidade.
Retiro o roupão e vou até a Ronnie e a tia Hermione que estavam com o vestido em mãos para me ajudar a vestir. Demorou um tempinho, mas conseguimos colocar o vestido sem borrar a maquiagem.
- Você está linda, Bee, mas não se vira ainda que vou colocar isso em você. – diz a tia Hermione.
Ela vai até a mesa no canto do quarto, pega um potinho em suas mãos, que depois eu fui ver que continha flores dentro. Ela mexe nos meus cabelos. Eu achei que super combinou com o clima praiano do casamento e eu não queria deixar nada muito artificial demais, eu queria tudo simples.
Ela distribuía as pequenas flores, uma por uma pelo meu cabelo enquanto a Ronnie arrumava a pequena calda do meu vestido.
- Agora pode se virar.
Com um pouquinho de tremedeira nas pernas, eu me viro, dando de cara com uma Elizabeth nunca vista por mim, antes. Eu estou me achando a noiva mais linda do mundo nesse momento.

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o delegado-Bughead
Roman d'amourElizabeth Cooper era ainda uma menina quando viu a sua vida virar de cabeça pra baixo ao ser estuprada por um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro. Três anos se passaram e ela se vê, novamente em um beco sem saída, tendo que, agora mais do...