Porra, o que está acontecendo?

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                        3o CAPÍTULO

Betty

Já tinha resolvido à questão do Dylan, ele ficará o dia inteiro na creche e assim que fechasse a Helen, filha da amiga da minha mãe, o traria para a casa e minha mãe ficaria com ele na parte da noite.

Pego o meu celular e procuro na agenda o numero da dona Julia, encontro e início a chamada.

No quinto toque ela atende.

- Alô.

- Oi dona Julia, sou eu a Betty.

- Oi minha querida. Tudo bom com você?

- Tudo sim. E com a senhora?

- Bem também, obrigada... Bom se você está me ligando é porque já tem uma resposta pra minha proposta. Estou certa?

- Sim senhora. Já tenho.

- E então?

- Eu aceito o emprego, lógico, se ainda estiver de pé.

- É logico que está, fico feliz de ter aceitado. Tenho certeza que não vai se arrepender.

- Eu sei que não.

- Quando você pode começar?

- Quando a senhora quiser.

- Amanhã está bom?

- Sim, está.

- Então arruma as suas coisas que você vai precisar durante a semana, amanhã eu vou te buscar.

- Não senhora, não precisa se incomodar. – até porque seria muito perigoso ela aparecer aquino morro, sozinha.

- Não é incomodo nenhum, faço questão de ir ai te buscar, eu sei onde você mora...

- Então a senhora sabe que é perigoso e...

- Não tem problema eu vou com o meu segurança, fica tranquila.

- Então se é assim, tudo bem. – me dou por vencida depois de perceber que ela não desistiria de jeito nenhum.

- Amanha ás 9:00hrs eu estarei ai te esperando, tudo bem?

- Sim dona Julia, estarei lá no pé do morro a sua espera.

- Então está bom, minha querida. Tenha um bom dia.

- A senhora também... E dona Julia. – digo antes que ela desligue. – Muito obrigada pela confiança.

- Não tem nada que agradecer minha querida. A gente se ver amanhã.

- Sim senhora.

Finalizo a ligação e aproveito que o Dylan está tirando o sono da tarde e vou arrumar as coisas que vou precisar. Amanhã ainda é quarta-feira, então vou levar a quantidade de roupa que irei precisar para três dias. Segundo ela, no sábado eu já posso voltar para a casa.

Coloco meus produtos higiênicos, roupas para dormir, e algumas roupas para trabalhar, eu ainda não sei se serei obrigada a usar uniformes ou não, então pra não correr o risco de ficar sem nada para vestir, coloco umas mudas de roupas mais velhinhas. Deixo a bolsa arrumada perto da cama e saio do quarto encontrando a minha mãe na sala assistindo TV.

Depois do episodio de ontem à noite, nós quase não nos falamos direito. Ainda me dói ouvir essas coisas. Por mais que eu saiba que não é verdade isso que ela diz, dói.

- Betty?

- Oi. – respondo catando uns brinquedos do Dylan que estavam espalhados pelo chão.

- Filha, me desculpa. Eu não quis dizer aquilo ontem...

o delegado-BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora