MARATONA 2/4
27° CAPÍTULO
BETTY
Eu não estaria sendo verdadeira com ele agindo dessa forma. Pelo simples fato de eu saber que eu tenho a minha grande parcela de culpa por ele ter feito o que fez, por ele ter agido daquela forma. Meu coração dói muito vendo-o neste estado.
Eu sei que ele está arrependido da forma como agiu, mas isso não tira o grande peso das minhas costas e não muda o fato de que eu ainda preciso digerir tudo isso, não muda o fato de que eu realmente não consigo vê-lo mais da mesma forma e que ele errou. Errou por mim, mas errou. E isso me assusta. Me assusta pensar que ele foi capaz de agir dessa forma por mim. Eu sei que foi pelo meu bem e do meu filho, mas isso não me deixa menos assustada e menos culpada. Se fosse qualquer outra pessoa que tivesse feito isso, eu com certeza não me espantaria tanto, mas não foi qualquer pessoa. Foi ele. Foi o Jughead e eu não esperava isso vindo dele, nunca esperei.
- Me desculpa Jughead, por favor, me desculpa. Mas eu preciso disso, eu preciso desse tempo pra eu pensar, pra eu tirar essa cul...
- Você está com pena dele? Depois de tudo o que ele te fez. - ele diz parecendo um pouco indignado.
- Lógico que não, não fala besteira, Jughead. Eu sei que nenhuma pessoa merece morrer daquela forma, e mesmo assim eu não vou ser hipócrita de dizer que eu não me sinto aliviada em saber que ele nunca mais vai atormentar a minha vida, que a partir de agora eu posso sair pela rua sem medo de estar correndo risco. Pois sim, eu me sinto muito aliviada com isso. Mas entenda que eu não queria que você tivesse feito isso, Jughead. Eu não queria que você tivesse sujado as suas mãos e se igualado aquele crápula. Eu não queria que.... - o bolo na minha garganta me faz parar e um soluço sai de minha boca. Meu rosto está extremamente molhado pelas lágrimas e com o Jughead não é diferente. – que fosse você a fazer aquilo, pelo simples fato de eu saber que você não é assim. E isso de alguma forma assusta, me assusta e ao mesmo tempo eu me sinto extremamente culpada em saber que você agiu daquela maneira por minha causa... Única e exclusivamente por minha causa, Jughead.
- Culpada? Você não é culpada de nada, Betty, eu fiz porque eu amo vocês e pra protegê-los, apenas.
- E é exatamente por isso, Jughead. Eu te conheço, eu sei que você é arrogante, frio e totalmente sem paciência com algumas muitas pessoas. Mas eu te conheço o bastante pra saber que você não teria coragem de fazer algo do tipo, sem um motivo muito forte... E essa droga desse motivo sou eu, eu que provoquei tudo isso. Eu não tinha que ter metido você nessa e...
- Não fala besteira, Betty, para. Vocês são a minha família. E na hora eu estava destruído, destruído por uma perca de algo que eu queria e desejei tanto....
- Desculpa, Jughead. - abaixo o meu rosto sobre minhas mãos e uma dor forte aperta o meu peito. - Eu sabia o quanto você desejava aquela criança, desculpa...
- Amor, esquece. - ele passa suas mãos de leve em meu cabelo - Não se culpe por isso... A dor que me transformou, não foi você. Foi a mistura de tudo que estava acontecendo que acabou comigo e me fez agir daquele jeito. Você não tem culpa de nada.
Eu negava com a cabeça, o meu coração doía pelas palavras ditas e escutadas. O que me deu ainda mais certeza de que eu precisava pensar, eu precisava de alguma forma tentar entende-lo e com isso fazer com que a culpa de ter o feito fazer o que fez, vá embora...
Eu o amo incondicionalmente e disso eu não tenho nenhuma dúvida, mas eu tenho que ter um tempo, apenas pra eu pensar nisso tudo que aconteceu.
- Jughead eu só te peço um tempo, por favor. Eu vou entender se você me odiar por isso, eu sei o quanto você... Você esperou por mim... O quanto você so-sofreu. E eu te amo ainda mais por isso, te amo ainda mais por... Por você na-não ter me abandonado. Só me desculpe por estar parecendo ingrata, mas eu preciso pensar, eu preciso aceitar isso... Não por você, mas por mim.
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o delegado-Bughead
RomanceElizabeth Cooper era ainda uma menina quando viu a sua vida virar de cabeça pra baixo ao ser estuprada por um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro. Três anos se passaram e ela se vê, novamente em um beco sem saída, tendo que, agora mais do...