2° CAPÍTULO
Betty
Acordo com o meu despertador de todas as manhãs: o choro do Dylan.
Levanto-me da cama e o vejo em pé dentro do berço fazendo beicinho, assim que me vê
sentando na cama, ele para de chorar. Dou um pequeno sorriso com isso e saio da cama com
toda a preguiça do mundo, vou até o berço o pegando no colo.
O coloco em cima da cama, troco sua fralda, vou até a sala e o coloco no cueirinho, ligando a
TV em seguida, no desenho que ele gosta. Vou até o banheiro e rapidamente faço minhas
higienes.
Volto para a sala e ele está do mesmo jeito que o deixei minutos atrás. Vou para a cozinha e
faço sua mamadeira, o retiro do cueiro e sento-me no sofá com ele em meu colo. Dou a
mamadeira para ele que rapidamente segura em suas pequenas mãos, mas sem desgrudar
nenhum minuto os seus olhos da TV.
Minha mãe entra na sala e nos cumprimenta.
- Bom dia filha, bom dia meu querido. – diz dando um beijo no Dylan
- Bom dia mãe.
- Pelo visto o Dylan madrugou hoje em. Ainda são sete da manhã.
- É, mas em compensação ele também dormiu a noite todinha, não acordou nenhuma vez.
- Vai se acostumando que agora vai ser sempre assim. Nessa idade eles costumam acordar
bem mais cedo.
- É, percebe-se. – digo dando um beijinho no rosto dele.
Minha mãe vai para a cozinha, eu acredito que para fazer o café da manhã.
Fico olhando para ele e observando pela milionésima vez os seus traços.É tão lindo é o meu
filho. Hoje em dia não me imagino mais sem ele, não consigo nem acreditar que um dia eu
cogitei a possibilidade de tirá-lo de mim. Apesar de todas as dificuldades que estamos
passando agora, eu não me arrependo da escolha que eu fiz. Se eu pudesse mudar algo nisso
tudo seria apenas na forma que ele foi concebido.
Eu agradeço a Deus todos os dias por aquele desgraçado estar preso. Ele com certeza saberia
que eu estava esperando um filho dele se não estivesse preso. E eu não ia querer que o meu
filho nascesse no meio de bandidos. Tudo bem que de certa forma não mudou quase nada,
eu continuo morando na favela, até porque não temos como sair daqui, tudo que temos é essa casa aqui no morro. E também minha mãe acharia muito estranho, eu querer sair daqui de repente. Mas conhecendo o Nick como eu conhecia, ele me obrigaria a ficar com ele, e eu não ia querer decepcionar mais ainda a minha mãe, fazendo-a pensar que tinha tido um caso com um bandido.
- Betty o café já está pronto. – me chama da cozinha.
Vejo que o Dylan já mamou todo o leite, o desço do meu colo e coloco-o sentado no chão, e ele como sempre muito entretido com o desenho passando na TV.
Vou até a cozinha me sento á mesa de forma que dava para vigiar o Dylan na sala. Tomo o café da manhã junto com a minha mãe e a cada dia mais eu fico feliz da nossa relação aos poucos está voltando ao normal. Eu tento não forçar nada, eu deixo que as coisas aconteçam naturalmente. Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias e quando terminamos de tomar o café da manhã a ajudo a lavar a louça.
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o delegado-Bughead
Roman d'amourElizabeth Cooper era ainda uma menina quando viu a sua vida virar de cabeça pra baixo ao ser estuprada por um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro. Três anos se passaram e ela se vê, novamente em um beco sem saída, tendo que, agora mais do...