você não quer uma menina? (pt. 1)

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              35° CAPÍTULO
BETTY

Algumas semanas depois...

Já faz duas semanas que voltamos para casa e contamos a noticia da gravidez para a família. E qual foi a minha surpresa em saber que a Vee também estava gravida e de três meses? Nós não sabíamos se chorávamos ou se sorriamos com a surpresa.

Faz mais ou menos um mês que eu descobri que estou grávida, ainda não fui ao médico, na verdade irei hoje, na mesma médica que a Vee vai, por sinal. Eu não sei ainda de quantos
meses eu estou, mas devo dizer também que já estou me sentindo um pouco inchada, não chega a ser igual a barriguinha da Vee que já está bem aponta, mas já começo a me sentir
um pouco maior. Com isso também tem o enjôos, que não me deixam em paz. Eu já não aguento mais, eu vomito praticamente o dia inteiro é só eu sentir um cheiro um pouco mais
forte que já coloco tudo pra fora.

O Jughead e o Dyl não desgrudam mais da minha barriga. Eu pensei que o Dylan iria ficar um pouco enciumado, afinal de contas ele sempre foi o único filho e a atenção era praticamente toda, se não toda, pra ele. Mas ele ficou tão feliz em saber que teria um irmãozinho ou irmãzinha. E eu também fiquei muito feliz em saber que ele levou isso numa boa. Ele quer ficar tocando na minha barriga toda hora pra saber se o bebê está bem, ou se ele está mexendo ou não. Apesar de eu já ter dito pra ele que está muito cedo para o bebê se mexer.

Estou vendo que essa criança vai ter dois protetores ao lado. O irmão e o pai, dois babões.

Fico imaginando se for menina. Meu Deus! Mas ela vai sofrer demais com o pai que tem.

- Mãe, eu posso ir pra piscina? – volto minha atenção para o Dyl que esta no topo das escadas.

- Claro filho.

Ele some das minhas vistas indo em direção ao seu quarto.
Me levantodo sofá e vou até a cozinha encontrando minha mãe e a dona Julia preparando o almoço. Minha mãe não mora com a gente, ela queria continuar na favela, disse que não
queria atrapalhar a nossa vida morando aqui, mas o Jug não deixou ela ficar lá, e com o seu poder de persuasão ele conseguiu convencê-la a voltar para o apartamento em que
morávamos. Mesmo ela tendo a sua pensão, eu sempre a ajudo com algum dinheiro a mais, por mais que ela não me peça nenhum real, eu sei que um dinheiro a mais sempre ajuda.

Conseguimos pagar pra ela finalmente a operação para o seu joelho há algum tempo já, e ela está novinha em folha, está até pensando em voltar a trabalhar.
Apesar de eu ainda estar de férias e poder cuidar muito bem do meu filho, essa semana ela vem pra cá praticamente todos os dias, é ela que toma conta do Dylan, pois a Maria é paga somente para tomar conta da casa. Eu até tentei pagar minha mãe por isso, mas ela diz que cuidar do neto não é nenhuma obrigação e sim um prazer. Então não vai ser eu que vou querer arrumar uma briga com a dona Alice por causa disso.

- O que vocês duas estão fazendo ai, em? – pergunto me sentando á mesa.

- Lasanha, filha.

- Huum mãe, o cheiro está delicioso.

Agradeço por não me enjoar dessa vez. Pois eu amo lasanha e minha boca já está cheia d’água só de sentir esse cheirinho.

- O Jughead chega que horas?

- Ah mãe, 12:30 mais ou menos ele está chegando.

- Que horas é a consulta?

- 14:00 horas, vamos terminar o almoço e ir direto pra lá.

Ela acena a cabeça e volta a sua atenção para a panela.

- Querem alguma ajuda ai? Estou entediada aqui sem fazer nada.

- Não precisa, filha, está tudo certo aqui, nós duas estamos dando conta.

Respiro fundo e coço a cabeça.
Como eu queria estar trabalhando. Minhas férias de fato só acabam semana que vem, no mesmo dia em que o Dyl voltará às aulas, por sinal.

Já o Jughead voltou ao trabalho bem
mais cedo, assim que chegamos de viagem, no dia seguinte, ele já voltou para a delegacia.

- Mãe, fica na piscina comigo? Não gosto de ficar lá sozinho. – diz o Dylan entrando na cozinha.

- Claro meu filho, vou sim. Vai indo que eu vou colocar um biquíni e já volto.

- Tá bom. – ele sai com um sorriso enorme no rosto e eu sorrio com isso também.

Vou para o quarto e escolho um dos biquínis novos que eu tinha comprado, mas não havia usado na viagem. Opto por um biquíni branco na parte de baixo e azul, com um bojo confortante, na parte de cima e pego uma bermuda jeans, apenas pra não ter que subir isso tudo depois.

Chego na piscina e já encontro o Dylan dentro dela só que na parte rasa, colo o shorts em cima da cadeira de tomar sol e sento na borda da piscina próximo a ele, deixando os meus pés molharem na água. Faço um coque no meu cabelo para não molhá-lo e logo sinto o Dylan nadando perto de mim e não demorou muito ele coloca a sua cabeça para fora da água e sorri pra mim. Ele vem para o meio de minhas pernas, abraça a minha cintura e deixa um beijo de leve na minha barriga.

- Eu não vejo a hora da minha irmãzinha nascer.

- Mas a gente ainda nem sabe o sexo, Dylan, e nem dá pra ver. – sorrio alisando os seus cabelos.

- Mas é uma menininha sim. Eu sei.

- Mas você não gostaria que fosse um menino? Pra brincar com você?

- Ah mãe, se for eu vou amar ele também, mas eu queria que fosse uma menina.

Ele se separa de mim e me olha.

- Pra falar a verdade eu também. Já tenho um homenzinho. – digo apertando suas bochechas e ele revira os olhos como sempre. – Agora pra completar seria legal se fosse uma menina.

- O meu pai vai ficar louco de ciúmes. – ele diz rindo. – Ainda mais se ela for linda igual a senhora.

- Nem me fale Dyl. Tadinho desse bebê se for uma menina.

Nós sorrimos, demos o assunto por encerrado e ele me puxou para dentro da piscina de vez.

Ficamos ali a manhã inteira, eu sempre ficava na parte rasa, pois eu não sabia nadar e ainda morria de medo de aprender. Sim, sou estranha.

o delegado-BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora