Capítulo 15

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- Mia? - Nina arregala os olhos.

Ela adentra o apartamento rapidamente, e então começa a olhar para meu rosto de forma preocupada.

- O que aconteceu com você? - Nina questiona.

- Longa história. - Forço um sorriso.

Nina olha para o irmão de forma interrogativa, e ao mesmo instante Heitor levanta as mãos em sinal de rendição.

- Eu não fiz isso com ela, e se passar por sua mente que eu seria capaz de bater em um mulher me magoa Nina. - Heitor fala.

- Está louco Heitor? - Nina indaga.

- O que jeito que me olhou...

- Estou confusa por ver minha amiga assim e no seu apartamento, mas em momento algum eu achei que você tinha a agredido. - Ela o corta.

A feição de Heitor se suaviza, mas Nina ainda continua me olhando esperando por uma resposta minha.

- Podemos ir embora? - Pergunto baixinho.

- Por quê? - Nina questiona. - Vocês brigaram?

- Só vamos embora. - Suspiro alto.

Pego na mão da Nina e então começo a caminhar em direção à porta do apartamento, mas Nina para de repente quando Heitor fala:

- Tome seu café da manhã antes de ir embora Mia.

- Não estou com fome.

Minha barriga ronca alto no mesmo instante, e ao olhar para Heitor vejo um leve sorriso se formar em seus lábios.

- Parece que está com fome sim. - Ele fala.

- Sim, eu estou com fome. - Assumo. - Mas não pretendo comer nada que você tenha feito, vai que esteja envenenado.

- Já vi que se desentenderam como sempre. - Nina bufa frustrada.

- Vamos embora? - Mudo de assunto.

Nina acena com a cabeça em concordância, e para meu alívio saímos do apartamento do Heitor em seguida.

- Mia? Mia?

Ignoro os chamados do Heitor e mais do que depressa fecho à porta, antes que ele tenha a cara de pau de dizer mais mentiras, ou tentar se fazer de vítima.

- Quer que eu te leve em casa? - Nina questiona.

- Não. - Nego com a cabeça.

- Para onde quer ir? - Nina pergunta.

- Posso ficar na sua casa hoje?

Eu não queria incomodar a Nina com meus problemas, mas infelizmente eu não conseguirei procurar por um apartamento hoje já que é final de semana.

- Mas é claro. - Ela sorri largo.

Terei que deixar meu orgulho de lado para pedir a ajuda da minha amiga mesmo que eu ache isso muito difícil para mim, porque infelizmente eu não posso me dar ao luxo de ser orgulhosa nesse momento.

- Prometo que não irei te incomodar. - Forço um sorriso.

- Não seja boba Mia, é óbvio que não irá me incomodar.

Nina bate o lado do seu corpo no meu, e no mesmo instante faço uma careta quando sinto minhas costelas doerem.

- Está machucada? - Ela me olha com preocupação.

- Um pouquinho. - Assumo.

Após chegarmos no estacionamento Nina me guia até seu carro, e assim que nos aproximamos ela abre à porta para mim, e enquanto eu me sento ela dá a volta no veículo.

Um Criminoso Irresistível (Livro 9)Onde histórias criam vida. Descubra agora