- O que acha de morar comigo Lauren? - Pergunto.
- É sério?
- Sim. - Confirmo com a cabeça. - O apartamento não é meu, mas me deram permissão para morar nele, e o melhor de tudo é que não precisará pagar aluguel.
- Eu aceito. - Ela fala com animação.
- Pode se mudar quando quiser então.
Lauren estava me falando um pouco sobre sua vida, e como eu, ela está tentando sobreviver com bravura nesse mundo que sabe ser cruel às vezes.
Se Lauren morar comigo vai poder economizar um pouco, e eu não precisarei ficar sozinha, será bom para nós duas.
- Hoje mesmo começarei arrumar minha mala.
- Acho que sua amiga Camy já morou no apartamento, então você já sabe o endereço.
- Sei sim. - Ela confirma com a cabeça.
Abro minha bolsa e então pego a chave reserva que carrego comigo, e entrego para Lauren.
- Obrigada. - Ela agradece. - Muito obrigada mesmo.
- Não precisa agradecer. - Sorrio largo.
Sou surpreendida quando Lauren voa sobre mim, e então me dá um beijo na bochecha rapidamente e se afasta.
- Não sabe o quanto me ajudou. - Ela fala olhando para a chave.
- Fico feliz por isso.
À porta do elevador se abre e então saímos dele, mas acabo sentindo falta do meu celular, e ao olhar na bolsa tenho ainda mais certeza que o deixei sobre minha mesa.
- Droga. - Resmundo.
- O que foi? - Lauren indaga.
- Esqueci meu celular na minha mesa, terei que voltar para pegá-lo.
- Eu vou com você. - Lauren fala.
- Não precisa, pode ir para casa fazer suas malas.
- Tem certeza? - Pergunta.
- Tenho sim. - Balanço a cabeça em confirmação.
Lauren se despede de mim, e após ir embora entro no elevador novamente. À porta se fecha depois de alguns segundos, e eu começo a observar meu reflexo no espelho.
Estou com a aparência abatida, o que seria normal depois de um longo dia de trabalho, mas na verdade eu me sinto estranha.
Apesar de estar animada por enfim estar começando a minha vida, ainda assim não me sinto completamente feliz.
Enquanto eu estiver preocupada com a segurança da minha mãe, nunca terei paz completamente, e se ela permanecer ao lado do Jacob sei que correrá algum risco.
- Pare de pensar no pior Mia. - Me dou um tapinha no rosto.
À porta do elevador se abre, mas antes mesmo que eu tenha a chance de sair dele Heitor o adentra.
- Você esqueceu isso. - Ele me mostra meu celular.
- Estava voltando para buscá-lo. - Digo.
Me aproximo do Heitor e estendo a mão para pegar meu celular, mas ele não me entrega.
- O que está fazendo? - Pergunto.
- Preciso de um pagamento por ter pego seu celular para você. - Ele sorri de canto.
- O quê? - O encaro sem entender nada. - Que pagamento?
Heitor bate nos lábios com o dedo, e essa atitude começa a me deixar bem irritada.
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Um Criminoso Irresistível (Livro 9)
RomanceSérie Rendidos - Livro 9 Mia vem de uma família de policiais extremamente conservadores, e como uma boa filha sempre viveu fazendo tudo que te mandavam sem reclamar. Seu pai um homem muito rigoroso nunca permitiu que Mia e sua irmã tivessem desejo p...