- Eu já disse cara, ela está caidinha por mim.
Meu corpo gela quando escuto isso, e mais do que depressa me escondo para que Heitor não me veja.
- Eu apaixonado? - Ele gargalha alto. - Não seja idiota.
Meu coração está acelerado, e apesar de querer fugir continuo no mesmo lugar ouvindo o que Heitor está falando.
- Mia pensa que eu estou a ajudando porque tenho um bom coração, mas você sabe o real motivo da minha repentina bondade. - Ele se cala por alguns segundos. - Parece que a Mia está gostando de mim, então será fácil conquistá-la.
Ouvir isso é como levar um soco no estômago, mas se tratando do Heitor eu não deveria estar supresa.
Uma parte de mim realmente pensou que ele estava me ajudando porque não é um idiota o tempo todo, mas lá no fundo eu sabia que ele tinha outras intenções.
Do nada Heitor começou a agir como alguém desconhecido para mim, então é óbvio que eu deveria estar desconfiada.
Antes eu não iria me importar com suas armações, mas agora que eu sei que ele não me ajudou por bondade me magoa um pouco.
- Vou desligar antes que ela acorde. - Heitor fala.
Como eu fui tão burra a ponto de cair nessa? Baixei minha guarda por um curto período de tempo, e para que serviu isso?
- Estúpida.
Decido ir embora agora mesmo, porque não estou nem um pouco afim de continar fazendo papel de idiota, mas para a minha infelicidade acabo tropeçando em uma mesinha quando começo caminhar, o que faz barulho bem alto.
- Merda. - Resmungo baixinho.
Ajeito o vaso que quase caiu sobre a mesa novamente, e quando estou prestes a começar a caminhar sinto uma mão em meu braço.
- Já acordou?
- Não, eu sou sonâmbula não está vendo? - Retruco com irritação.
Puxo meu braço do aperto do Heitor, e mais do que depressa eu saio de perto dele, ou acabarei fazendo algo que iria me arrepender depois.
- Mia?
Ele chama por mim, mas eu o ignoro e continuo caminhando rapidamente com Heitor em meu encalço.
- Por que está brava? - Ele questiona. - Acordou de mal humor?
Continuo o ignorando, e assim que me aproximo da porta do quarto a abro e adentro o recinto, e logo em seguida a fecho bem na cara do Heitor.
Não demora quase nada ele a abre e entra no quarto, no mesmo instante em que eu pego a minha bolsa e a abro, e pego minha carteira.
- O que está fazendo Mia? - Ele questiona.
Pego algum dinheiro e jogo sobre a cama, em seguida guardo minha carteira novamente e fecho a bolsa.
- Esse dinheiro deve cobrir os gastos que teve comigo, também deve ser o suficiente pelas roupas e por eu ter ficado uma noite nesse quarto. - Digo tranquilamente. - Mas se não achar que é o suficiente, desconte do meu salário.
- Por que está fazando isso? - Ele questiona.
- Obrigada por sua bondade. - Agradeço sarcástica.
Coloco a alça da bolsa em meu ombro e então começo a caminhar em direção à porta do quarto, mas antes que eu tenha a chance de fugir Heitor segura meu braço.
- Você ouviu minha conversa? - Indaga.
- Não faço ideia do que esteja falando. - Me finjo de desentendida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Criminoso Irresistível (Livro 9)
RomanceSérie Rendidos - Livro 9 Mia vem de uma família de policiais extremamente conservadores, e como uma boa filha sempre viveu fazendo tudo que te mandavam sem reclamar. Seu pai um homem muito rigoroso nunca permitiu que Mia e sua irmã tivessem desejo p...