Capítulo 33

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- Pode ir para casa se quiser. - Heitor fala.

- Não vou te deixar sozinho.

- Eu estou bem. - Ele fala.

- Eu não quero ir para casa.

- Eu também não quero que você vá. - Ele diz.

Heitor se deita no sofá e coloca a cabeça em meu colo, e então continuamos assistindo o filme.

- Se eu acabar dando um grito não se assuste. - Digo.

- Por que?

- Não gosto de filmes de terror. - Assumo. - Morro de medo.

- Vamos mudar de filme então.

- Não precisa. - Balanço a cabeça em negação.

Depois que chegamos ao apartamento do Heitor passamos boa parte do tempo assistindo filmes, mas agora que ele escolheu um de terror estou me cagando de medo.

Odeio esse tipo de filme porque depois não consigo dormir tranquilamente, porque tenho a sensação de que se eu fechar meus olhos irei ser morta por um psicopata cruel.

- Não acredito que você tem medo desse tipo de filme. - Heitor ri baixinho.

- Não é engraçado. - Reviro os olhos.

- Eu te protejo amor. - Ele fala.

- Acho bom mesmo.

Passo a mão por seus cabelos enquanto assistimos o filme em silêncio, e quando percebo que alguém vai morrer fecho meus olhos mais do que depressa.

- Ele morreu? - Pergunto para o Heitor.

- Não. - Ele responde.

- E agora?

- Ainda não.

- Agora ele morreu? - Indago.

- Vamos mudar de filme se está com tanto medo assim.

Abro os olhos e quando olho para Heitor ele está rindo da minha cara de espanto, sem ao menos ter visto a morte do personagem.

- Você é tão medrosa.

- Talvez eu seja um pouquinho. - Assumo.

Heitor pega o controle da TV sobre a mesinha de centro e então a desliga, e eu agradeço mentalmente por isso.

- Deite-se comigo. - Ele pede.

- Não estou muito afim. - Minto.

- Mentirosa.

- Como ousa me chamar de mentirosa? - Finjo irritação. - Homem petulante.

Me deito ao lado do Heitor e ficamos apenas nos observando em silêncio por um tempo, enquanto ele passa a mão por minha bochecha levemente.

- Eu te amo. - Ele diz baixinho.

- Eu também te amo.

Heitor aproxima seu rosto do meu lentamente, e quando nossos lábios estão pretes a se tocarem somos interrompidos quando meu celular começa a tocar.

- Mas que merda. - Ele pragueja.

Pego meu celular no bolso da calça rapidamente, e então atendo a ligação da minha amiga.

- Oi Lauren.

- Oi Mia. - Ela fala do outro lado da linha. - Como Heitor está?

- Ele está bem. - Respondo. - Graças a Deus não foi nada sério.

Um Criminoso Irresistível (Livro 9)Onde histórias criam vida. Descubra agora