Saber que Oliver está fazendo isso para tentar se redimir com o irmão até que foi legal, mas o pior é ele ter roubado a mulher que meu avô amava, digo roubado por ele conquistar ela mesmo sabendo dos sentimentos do irmão. Na carta não tinha muita coisa, apenas que ele pedia para eu encontrar um marido, pois não quer que sua herança fique com Fernando, o que acontecerá se eu não conseguir me apaixonar durante esse um ano.
— Então não sabe o que fará? — Lorenzo pergunta depois que termino de ler.
— Não, mas se é da vontade de seu avô que todas as propriedades e todo esse dinheiro não caiam nas mãos de seu irmão, é isso que acontecerá — respiro fundo e coloco as mãos no rosto — só preciso dar um jeito de me apaixonar por alguém e rápido.
— Bom, não conseguirá isso aqui.
Ele tem razão, do que vi ontem da cidade, não tem muitos jovens que valham a pena, mas tem um bem na minha frente, eu só não sei se ele aceitaria se casar comigo.
— Que tal irmos dar uma volta? — Ele cruza os braços como se estivesse querendo saber para onde quero ir. — Quero conhecer a cidade em que meu pai nasceu, e quem melhor que você para me ajudar com isso? — Ergo uma sobrancelha e sorri, ele retribui o sorriso e se levanta me estendendo a mão.
***
A cidade é calma, até que tem uns lugares legais e mesmo sendo uma cidade do interior tem um grande Shopping, que sinceramente foi a parte que mais amei.
— Está com fome? — Olho para Lorenzo sem saber o que dizer, se bem que estamos praticamente o dia todo sem comer.
— Estou morrendo de fome.
Ele pega minha mão e me puxa até uma lanchonete do outro lado do saguão.
— Fique à vontade para escolher o que quiser, por minha conta.
Olha travessa para ele e peço um x-bacon com duas porções de batata frita e um copo grande de refrigerante, ele pede o mesmo e sei bem que foi só para mostrar que consegue comer também.
Depois que nossos lanches ficaram prontos ele senta de frente para mim e começa a comer, me olhando ocasionalmente, como se quisesse perguntar algo, mas não tive coragem.
— Pergunta logo o que quer.
— Eu só queria saber se tem namorado?! — Ele dá de ombros como se não fosse nada de mais.
— E para que quer saber disso?
— Bom, não quero que meu irmão fique com a herança, então se você já tiver um namorado é mais fácil de sair um casamento não.
— Bom, sim, verdade... — antes que eu possa continuar meu telefone toca e vou para longe atender.
— O que quer?
— Quero conversar, foi um erro o que fiz, ela não significa nada para mim.
— Ryan, conta outra história que é melhor, e por favor me deixa em paz, não quero nada com você.
Voltei para a mesa com a cara fechada e começo a comer, mas logo recebo uma batata frita na cara.
— Ei.
— Que bom, um sorriso, quer contar, ou deixará minha imaginação rolar?
— Acredito que a segunda opção — realmente meu bom humor estava voltando.
— E então o que achou de seu primeiro dia na cidade?
— Adorei de verdade, julgo que nunca pensei em gostar de uma cidade do interior.
— Podemos ser do interior, mas não somos pequenos, e amanhã você vai ter que fazer compras, o inverno está chegando, e costuma ser bem frio por aqui.
Concordo com ele e termino de comer meu lanche em silêncio, vendo seu olhar ir e vir de meus olhos para minha boca, qual é a gente só se conhece a um dia e ele já quer me beijar, esse deve ser galinha.

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De Repente Rica
RomanceAshiley sempre foi uma mulher batalhadora e forte, morando no subúrbio do Brooklin, nunca teve muitas oportunidades na vida. Formada em moda trabalha em uma empresa de publicidade, mora com seu namorado Ryan e vive muito feliz, só nunca imaginou qu...