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Acordo com meu telefone tocando e acabo atendendo sem ver quem era.

— Alô!

Eu preciso mesmo de ajuda!

— Ryan eu não vou te ajudar com dinheiro, desiste disso.

Mas você é a única que pode me ajudar.

— E porque não pede ajuda pra sua amante em?

Não coloca a Katherine nisso, só me ajuda, ou eu vou...

Ryan, você não tem onde cair morto, então não venha me ameaçar e pare de me ligar.

Desligo na cara dele e me levanto para tomar um banho, tenho que me despedir do Tyler e da Carla, que vão embora antes, e depois terminar de arrumar minhas coisas para viajar amanhã cedo.

***

— É uma pena que não podem ir — digo abraçando Tyler.

— Também acho — ele me olha intensamente e faz um carinho em minha bochecha — promete se divertir por mim?

— É claro, vou me divertir bastante.

Abraço ele mais uma vez, e depois dou um abraço bem apertado na Clara.

— Cuida dele pra mim tá!

— Pode deixar, e me manda mensagem todos os dias, e fotos também, quero saber de tudo.

— Tá bom, prometo.

Ela me dá um beijo, pega sua mala e puxa Tyler para o portão de embarque.

Antes que eu possa me virar para ir embora meu telefone toca e vejo ser um número desconhecido.

— Alô!

Eu juro que é um caso de vida ou morte, eu jamais...

Desliguei antes que ele pudesse terminar com "eu jamais ligaria para você se não corresse risco de morrer", até parece que vou cair nessa.

— Vamos, preciso pegar um chip novo — digo entrando no carro, Lorenzo não quis atrapalhar nossa despedida, então ficou do lado de fora do aeroporto me esperando.

Em casa arrumo minha mala e minha bolsa, deitando logo em seguida, sem nem jantar ou escovar os dentes, estou tão exausta que não dá vontade de fazer nada.

***

— E então, o que quer fazer quando pousamos?

— Primeiramente descansar. Quero ir direto para o hotel, tomar um banho bem tomado, comer e dormir. No dia seguinte a gente pode ir visitar a cidade o que acha?

— Você quem manda, só estou aqui de acompanhante — dou um tapa de brincadeira em seu ombro e começo a rir.

— Você é um bobo sabia?

— Mas você bem que gosta — ele faz uma cara de safado que me faz rir mais ainda.

Mas sou forçada a parar quando uma comissária de bordo me olha feio, e sou obrigada a pedir desculpas. Sei perfeitamente que estou muito, mas muito vermelha por isso.

Olho pela janela e vejo as nuvens embaixo de nós, parecem até serem feitas de algodão doce de tão brancas, essa é a parte que mais gosto em viajar de avião.

— Acho que vamos ter que pegar um carro antes de irmos para o hotel — Lorenzo diz chamando minha atenção.

— Mas isso é meio óbvio né, aliás eu que vou dirigir.

— Tem certeza, só vou deixar se dormir muito durante o caminho.

— Ué, e porque isso, quem está a viagem pagando sou eu.

— E quem já foi para a Europa sou eu — ele se aproxima perigosamente de mim, nossos narizes quase se tocando.

— Pois veremos se vai ser você mesmo quem vai dirigir — estreito meus olhos para enfatizar minha frase o que o faz rir.

Ele se afasta e pega um livro para ler, me deixando sem fazer nada, decido então pegar meus fones, colocar uma música e tentar dormir, já que não consegui isso durante a noite por conta de pesadelos, pesadelos que quero afastar nessa viagem.

De Repente RicaOnde histórias criam vida. Descubra agora