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Em casa termino de arrumar minha mala que não terminei ontem e tomo um banho bem gostoso de banheira.

— Ashiley?

— Estou no banheiro — grito, sei bem quem é, e sei o susto que ele levará.

— Porque não avisou que está tomando banho.

Vejo seus olhos fechados e serenos, é a visão mais linda que já tive, ainda mais que ele está sem camisa.

— Simples Lorenzo, eu estou toda coberta de espuma, então você não pode ver nada.

— Mas posso imaginar, e não é muito bom eu ficar imaginando você nua.

— E porque não?

— Mudando de assunto, quer jantar?

— Não, obrigada, estou cansada, irei direto para cama quando acabar aqui.

— Tá bom então.

Ele sai do banheiro e ouço um barulho do lado de fora.

— Está tudo bem aí? — Pergunto sabendo que ele mentirá.

— Está, boa noite!

— Boa noite, Lorenzo.

Levanto e me enrolo na toalha indo para o quarto e vendo minha mesinha toda bagunçada, tem algumas revistas que estava lendo e ele derrubou até o abajur que não conseguiu endireitar.

Começo a rir sozinha, fico parecendo uma louça por alguns minutos, até conseguir controlar a respiração e ir me trocar.

Coloco o meu pijama mais provocante e de um vermelho vivo, sinto até vontade de colocar um mais curto ainda, mas deixo quieto, ninguém vai me ver no pijama mesmo.

***

Uma semana e o clima entre mim e Fernando está cada vez pior, as vezes sinto que ele realmente quer me matar. Já com Lorenzo tem sido bem diferente, nos aproximamos bastante, até cheguei a achar estranho isso, é como se ele quisesse algo comigo e provavelmente quer, mas acho que diferente do que me disse, ele realmente quer a herança do avô, o vinho mais rápido e sem fazer com que seja preso é por mim, mas não sei o que pensar direito.

— Ashy? — Paro de pensar nos dois e me viro encontrando meu melhor amigo e minha mais nova amiga sorrindo para mim.

Levanto-me e vou correndo até eles abraçando Tyler primeiro, que me gira no ar, me fazendo rir, meu Deus como eu estava com saudades dele.

— Carla é tão bom te ver — abraço ela com força, minha enfermeira que se tornou amiga.

— É bom te ver também, e ver que você está totalmente recuperada é ótimo, olha só para você.

Ela me afasta e me avalia, verdade já estou muito melhor e também voltando a ser o que era antes.

— E então, como estão as coisas por aqui, da última vez que me contou que um dos seus primos estava com vontade de te matar — olho para Tyler e vejo que está realmente querendo saber das novidades.

Pego os dois pela mão e levo até a mesa em que está olhando a cidade lá embaixo.

— Bom, até agora ele não me matou de verdade e dou graças a deus por isso, mas estou seriamente pensando em pedir para ele ir embora, enquanto eu não me casar esse terreno será meu.

— E se se casar será para sempre.

— Isso mesmo Carla.

— Sinceramente, seu tio-avô era louco.

— Nisso tenho que concordar com Tyler.

Nós três começamos a rir e a falar de outras coisas, tipo em uma viagem pela Europa que estou querendo há um tempo já, mas será uma viagem por terra, chegaremos em um ponto de avião de a partir daí iremos de trailer pelo resto do caminho até Portugal.

Essa viagem deve levar o tempo de eu encontrar um marido e até lá espero encontrar.

De Repente RicaOnde histórias criam vida. Descubra agora