De Repente Rica

16

O caminho até Castelo Branco foi tranquilo e agradável, paramos apenas algumas vezes para abastecer, ir ao banheiro, dormir, e tirar algumas fotos, pois o caminho até lá nos encantou de um jeito, Portugal é realmente muito lindo, nunca imaginei que um país pudesse ser tão lindo assim.

O caminho até Castelo Branco foi tranquilo e agradável, paramos apenas algumas vezes para abastecer, ir ao banheiro, dormir, e tirar algumas fotos, pois o caminho até lá nos encantou de um jeito. Portugal é realmente muito lindo, nunca imaginei que um país pudesse ser tão lindo assim.

Castelo Branco é um distrito do qual sua capital também se chama Castelo Branco, é a sede do terceiro maior município português, com 1.438,19 km² e 56.109 habitantes. A cidade terá tido sua origem no local de um castro pré-romano, e seu nome tem uma origem não tão certa embora a hipótese mais aceite se refira a cidade antiga de Cataleucos, cidade fundada pelos cartagineses, em honra da deusa Leucoteia (a deusa branca e protetora dos marinheiros). Localiza-se no interior de Portugal a aproximadamente 50 km da fronteira com Espanha. Seu clima é temperado mediterrâneo influenciado pela continentalidade pelo que apresenta pouca umidade ao longo do ano.

— Certo e o que mais tem de interessante? — Lorenzo pergunta estacionando ao lado de outros trailers.

— Bom, a cultura é muito interessante — digo lendo o folheto em voz baixa — ficaremos dois dias aqui e acredito que dê para conhecer quase tudo.

— É, mas nas últimas cidades que passamos não ficamos dois dias.

— Lorenzo, nosso alvo era Castelo Branco, por isso não ficamos tanto tempo nas outras cidades, e é bem provável que fiquemos mais se não der tempo de conhecer tudo — digo me levantando e lhe dando um selinho, correndo para o banheiro logo em seguida.

Tomo um banho morno e coloco meu pijama indo deitar, e mexo no computador vendo o que faremos na primeira hora do dia seguinte, enquanto Lorenzo toma banho.

— O que acha de tomarmos café da manhã fora? — Pergunto assim que ele entra no quarto.

— Acho uma boa ideia, assim já passamos o dia todo fora sem se preocupar.

Lorenzo deita ao meu lado me observando enquanto rabisco alguns folhetos e digito no computador.

Após uns trinta minutos ele já está dormindo, então guardo tudo e deitou ao seu lado, caindo no sono instantaneamente.

***

— Que tal a padaria Flor do Castelo? — Pergunto enquanto pedalamos pelas ruas de Castelo Branco.

— Acho uma boa ideia, ouvi falar muito bem dessa podaria.

Olho para Lorenzo e vejo um sorrisinho besta em seus lábios. Ocorre-me que ele pode já ter vindo até aqui e nunca me contou, mas resolvi não falar nada, pois ele pode muito bem mentir, e não quero estragar nosso dia.

— Você bem que podia pedalar mais devagar, não é?!

Ele dá uma gargalhada e desacelera o ritmo, faz um tempo que não pedalo, estou fora de forma.

— Está tão ruim assim pedalar?

— Faz anos que não pedalo, dá um desconto.

— Não posso evitar se você está uma graça desse jeito.

Mostro-lhe a língua e ele ri mais um pouco, virei piada agora.

Paramos em frente a padaria e quando desço da bicicleta meu telefone toca e vejo ser um número desconhecido.

— Alô!

— Achei que não atenderia.

— Já me arrependi.

Meu dia já está sendo estragado.

— O que quer?

— Você sabe o que quero, e se não me der ficará sem o melhor amigo.

— Como se você tivesse coragem mesmo, não consegue matar nem uma mosca.

— Você terá que me...

Desligo na sua cara e bloqueio o número também, estou pensando que terei de seguir o conselho de Lorenzo e ir a polícia, está ficando impossível desse jeito, não terei nem um momento de paz enquanto estiver viajando, e quero apenas relaxar e ver se dará certo meu relacionamento, se bem que não sei se é um relacionamento o que temos, não definimos nada, nós dormimos juntos, mas nunca rola algo além de beijos, e isso me deixa um pouco confusa.

— Ashley, você vem?

— Vou, claro — guardo o telefone na bolsa e coloco um sorriso no rosto, Ryan não estragará meu dia, sem chance de isso acontecer.