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Depois de um maravilhoso café da manhã no Flor de Castelo, decidimos ir até o museu da Fundação Manuel Cargaleiro, constituído por dois edifícios contínuos, o edifício histórico designado por "Solar dos Cavaleiros", sendo um palacete construído no século XVIII, e também tem o edifício contemporâneo do século XXI. Ele se encontra no coração da zona histórica de Castelo Branco, nas imediações da Praça Camões. O Museu Cargaleiro tem como missão é estudar, inventariar, conservar, interpretar, expor e divulgar a coleção da Fundação Manuel Cargaleiro, as obras são incríveis, uma mais linda que a outra, não que eu entenda muito de arte, mas ainda assim são de cair o queixo.

Assim que saímos do museu com algumas lembrancinhas decidimos passear mais um pouco e ir almoçar em algum restaurante, mas antes, passamos pela estátua de Amato Lusitano, que foi um médico no século XVI, a estátua feita de bronze segura em sua mão esquerda um livro aberto junto ao peito, enquanto a mão direita tem o dedo indicador levantado, é uma homenagem muito belíssima, a estátua é realmente muito linda.

Ao chegarmos no restaurante Arena de Verona ficamos um pouco decepcionados, a comida não era tão boa quanto imaginávamos, pedimos uma pizza que os ingredientes pareciam que foram descongelados na hora e não feitos cedo. Lorenzo e eu saímos de lá sem nem terminar de comer.

— Não valeu gastar nosso dinheiro — digo assim que coloco o pé para fora do restaurante.

— Concordo, não pensei que seria tão ruim assim.

Dou uma risada e subo na bicicleta, isso é tudo culpa dele, eu disse para irmos em um restaurante com avaliações boas, mas ele insistiu para irmos nesse restaurante e que a comida não deveria ser tão ruim.

— Acho que quero voltar para o nosso trailer, tomar um banho e depois voltar a passear.

— E eu quero escovar meus dentes — ele diz me fazendo dar uma gargalhada alta e gostosa.

***

— Não acredito que achei mesmo que seria boa a comida — Lorenzo diz enquanto escova os dentes e eu me visto para sairmos de novo.

— Bem feito, eu disse para escolhermos outro.

— Da próxima vez vou te escutar.

Dou uma risada baixa e pego minha bolsa saindo do quarto, coloco meu tênis que deixei do lado de fora do trailer e espero por ele, que vejo não estar com uma cara muito boa, parece mais branco do que o normal.

— Lorenzo, você está bem?

— Acho que não — ele diz voltando para dentro.

O encontro no banheiro debruçado sobre o vaso, vomitando aos montes, já vi que não sairei desse trailer o resto do dia.

— Vou à farmácia pegar alguns remédios e ver se encontro um mercado para fazer algo para você comer.

Ele não diz nada, apenas vomita mais ainda.

Pego a bike e vou o mais rápido que posso até a farmácia e ao mercado, voltando com algumas sacolas de verduras e frutas, tomara que eu não pegue intoxicação também, se não quem irá cuidar de nós?!

***

À noite, Lorenzo dorme como um bebê, também depois de tudo o que vomitou e a febre que teve não me admira em nada. Pego o computador e sento no banco do carona indo assistir a um filme, mas antes que possa recebo uma ligação de vídeo do Tyler, já faz um tempo que não nos falamos.

— Oi sumida!

— Oi Carla, eu jurava que veria a cara gorda do Tyler — ela dá uma gargalhada e ouço ele dizendo ao fundo que não é gordo, e isso meu amigo não é mesmo.

— Ele pediu para eu começar a ligação e pela sua cara deve estar imaginando o que estou fazendo aqui, não é?!

— É sim, não me diga que vocês... — deixei a frase no ar, tem tanta coisa passando pela minha cabeça que ela nem imagina.

— Nós dois estamos namorando, e de vez em quando acabo dormindo aqui.

— Olha só, eu já imaginava que sairia alguma coisa de vocês, mas não que seria tão rápido assim.

Ela dá de ombros e começa a contar como eles começaram a namorar, isso até o próprio Tyler entrar na conversa, passamos a noite toda quase conversando e gostei bastante disso, principalmente da notícia de eles estarem juntos, me deixou muito feliz com isso.

De Repente RicaOnde histórias criam vida. Descubra agora