De Repente Rica

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— Finalmente chegamos.

Lorenzo me dá um sorriso,

— Vem vamos pegar nossas malas e ir para o carro.

Corro na frente dele até a esteira de onde nossas malas saem e pego a minha que veio primeiro.

— Isso não vale, você não vai dirigir.

Ele está bem atrás de mim, esperando sua mala vir.

— Vou dirigir sim, até porque, eu dormi a viagem toda, enquanto você ficou lendo.

Lorenzo estica o braço para pegar sua mala e eu fujo dele pelo outro lado, andando o mais rápido que consigo, e chegando no carro antes dele.

— Senhorita Abraão?

— Isso.

— Sou Maria, este é o trailer que a senhorita solicitou, aqui estão as chaves e o contrato de locação.

A morena na minha frente de cabelos cacheados perfeitos se apresenta e me entrega as chaves, ela é americana então entendo perfeitamente o que diz.

— Não acredito que você alugou um trailer!

Olho para e vejo Lorenzo abismado com a escolha do nosso transporte. Escolhi um trailer para facilitar nossa vida, assim não teremos que pagar um hotel.

— Não quer que eu lhe explique o motivo — assino o contrato e pego minha via.

— Certinho, bom a senhorita me deu seu destino final, e por sorte temos uma agência lá, então a senhorita poderá deixar o trailer com eles.

— Ok, as bicicletas estão no trailer?

— Sim, está completo com tudo o que a senhorita pediu, inclusive tomamos a liberdade de abastecer com alimentos.

— Muito bem, obrigada Maria.

Ela me dá um sorriso e entra em um táxi. Viro-me sorrindo e balançando a chave para Lorenzo que faz sinal negativo com a cabeça, mas está sorrindo, o que é um bom sinal.

***

— Até que a ideia não foi ruim, e eu jurava que você não sabia dirigir um trailer — Lorenzo comenta enquanto estaciono.

— É lógico que a ideia não é ruim, e se der algum problema tem um mapa no porta luvas com as agências da locadora.

Ele abre o porta luvas e verifica se faz parte do nosso trajeto.

— Ashy, tem uma que não faz parte do nosso trajeto.

Desligo o motor e me viro para ele, o banco giratório do veículo é perfeito.

— Então vamos torcer para que não de pane nessa parte.

Levanto-me e vou até o único quarto que tem ali, já que vivíamos só nós dois, não fazia sentido pagar mais cara em um com dois quartos.

— Vem desfazer as malas, como está de noite, sairemos para jantar e conheceremos um pouco da cidade, e amanhã faremos um verdadeiro tour de bike.

— E como faremos esse tour?

Lorenzo senta na cama enquanto guardo minhas roupas no guarda-roupa que te ali.

— Tem um mapa dentro da minha mala com uma folha dos principais pontos turísticos de todos os lugares que iremos.

Ele mexe na minha mala e quando me viro vejo que ainda não encontrou, retiro o not de cima do resto das roupas e entrego-lhe que abre encontrando o que procurava.

— Nossa, mas você pensou em tudo mesmo em.

— É claro, sou precavida meu caro, nunca saio sem um plano antes.

— Aprendeu com quem?

— Com minha mãe, sempre que íamos fazer uma viagem ela fazia um plano de trajeto, de lugares para comer e visitar.

— Legal, minha mãe nunca fez isso comigo, ela detestava viajar e sair de casa, principalmente por conta de sua saúde frágil.

— E o seu pai?

Sento na cama de pernas cruzadas e presto atenção no que ele fala.

— Ele esteve sempre ocupado com a empresa e a casa, e também comigo e meu irmão, então nunca recebi muita atenção dele também.

— Sinto muito.

— Está tudo bem, já faz muito tempo isso.

Ele olha para meu not meu cabisbaixo e sei que está pensando em coisas tristes.

— Bom, vou tomar um banho, arruma suas coisas para podermos sair.

Ele concorda e vou para o banheiro, que não é nem um pouco apertado, tem até uma banheira, mas decidi me concentrar apenas no chuveiro e em um banho rápido.