capítulo 34: the feeling of breathing

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P.O.V Finn

Tudo ao meu redor estava uma bagunça, eles  deixaram que eu e Jaeden ficássemos enquanto o resto inteiro foi colocado em um ônibus e mandado para casa, eu e Jaeden fomos na juntos a equipe de busca.

O céu estava escurecendo, as lanternas se moviam de um lugar para o outro, por entre as árvores e dentro dos chales. Eu implorava mentalmente  para que tudo isso fosse apenas um mal-entendido que Jack e Chosen tivessem se perdido na trilha.

Mas a realidade é bem diferente. Mil possibilidades passavam na minha cabeça, nenhuma era boa. Max aquele desgraçado, estava em algum lugar com Jack a seu alcance.

Encontramos o celular de Jack no chalé azul. A tela estraga quebrada. Mas nem um sinal dele ou Chosen, senti meu coração aperta enquanto eu via o papel de parede do celular, uma foto em que nos  dois nos encontrávamos abraçados.

Jaeden tocava no meu ombro tentando passar pra mim o mínimo sentimento positivo, mas, no fundo, eu sabia que os curtos sorrisos que ele me direcionava eram falsos, os olhos esmeralda denunciavam que ele estava tão preocupado quanto eu. Ao contrário de mim, Jaeden tentava esconder o quão abalado esta, Jack faz isso o tempo todo.

— vamos encontrá-lo - Jaeden parecia mais dizer pra si mesmo do que para mim - temos que encontra-lo

— Eu deveria ter vindo com ele

— Finn não é sua culpa - Jaeden diz, os olhos claros vendo através de mim - vamos o encontrar

- repetiu convicto 

...

P.o.v Jack

Eu não tinha mais forças todo o meu corpo doía. Agora eu estava no chão, o peso de Max sobre mim me esmagava, eu tentei: empurrei, mordi, chutei.  Sabia que só estava atrasando o inevitável, Max havia tirado o meu calção, mas eu não deixei que passasse disso. 

Eu não permitiria, lutaria ate não conseguir mais, porem a cada minuto que passa vou percebendo que não durarei muito tempo consciente.  Pensava em como vim parar aqui, em coisas aleatórias como a floresta, verde bonita durante o dia, assustadora e mortal durante a noite. Ela lembrava Max.

Também pensei em Finn, em onde ele estava nesse momento, estaria me procurando? 

-sinceramente- max sussurrou, sua voz me enojava- o fato de você gritar e lutar me exita 

Eu sentia meus olhos pesando, o cansaço me atingindo, eu não queria desmaiar, se eu adormecesse Max me tocaria,  eu não suportaria isso. Uma lagrima solitária escorreu pela minha bochecha, eu estava ressecado, não conseguia mais chorar.

P.o.v Finn

Ouve um momento em que todos pareceram assustados,  havia uma cabana, muito longe do resto dos chalés, eu vi o exato momento em que um guarda costeiro tirou Chosen de lá, o garoto estava desacordado. Eu senti minha garganta secar, Chosen era um cara legal, não merecia nada daquilo. 

Jack voltou a minha mente, não sei descrever o que sinto, minha garganta secou enquanto eu pensava em como ele deve esta agora, olhei para a cabana, enquanto outros guardas entravam e saiam com feições assustadas.

Jaeden foi na frente, quando ele olhou pela porta cobriu a boca, eu sabia o que aquilo significava, um guarda pós uma mão a frente do corpo dele para que o mesmo não se aproximasse.

O dono dos olhos claros correu até mim, me impedindo de  ir olhar, e de repente foi como se tudo estivesse em câmera lenta, algumas pessoas me seguravam e Jaeden gritava algo que eu não conseguia entender. 

Outro guarda saiu, carregava nós braços o corpo de Jack, meus joelhos cederam,  cai de joelhos e os guardas pararam de me segurar.

Senti um refluxo subir minha garganta e vomitei, vomitei até que meu estômago estivesse doendo e a minha garganta queimando. Meu corpo tremia, não de frio, mas de panico, minha cabeça girava eu mal conseguia ver ou escutar.

Jaeden passou uma mão nas minhas costas, o gosto amargo parecia colado em minhas papilas gustativas. Finalmente pude ouvir o que o mesmo dizia.

— ele está desmaiado, o Max fugiu, alguns guardas foram atrás dele- tentei me forçar a ficar de pé, mas era como se minhas forças tivessem sumido - eles vão levar o Jack e Chosen pro hospital. Vamos pra lá também, só que não na ambulância, eles não deixam.

Jaeden me ajudou a levantar. Eu simplesmente não conseguia mais raciocinar, estávamos no carro de alguém, Jaeden ligou pra Ângela, ela deve ter ficado tão mal. Fechei os olhos com força segurando as lagrimas, Jack faria isso no meu lugar.

 Depois de um tempo estávamos em um hospital, ficamos na sala de espera por tempo até demais, eu arranhava a parte macia do sofá em que estávamos sentados. 

Um tempo depois Ângela apareceu,  corri até ela e a abracei, senti que deveria consolar ela, mas tudo que eu consegui fazer foi chorar. Jack estava aqui, nesse hospital, ferido e tudo que eu conseguia fazer era chorar.

Soltei Ângela e ela abraçou Jaeden, juntos fomos até o quarto de Jack.

— família do paciente...Jack Dylan Grazer?

— mãe, namorado e melhor amigo - Ângela disse, a voz dela falhava.

— Senhora Grazer, seu filho não está em estado grave, por mais que haja muitas evidências de agressão física,  fizemos o teste de penetração e deu negativo, nós passamos morfina para o acalmar, nossa recomendação é que ele receba ajuda psicológica para lidar com o trauma. - o médico disse com uma expressão calma e apreensiva- devo dizer que seu filho é muito corajoso, ele resistiu às agressões, mas apenas a família deve vê-lo por enquanto. 

— porquê? - não pude conter a pergunta

— Eu sinto muito - o médico responde- é apenas o procedimento padrão, você poderá vê-lo logo após a senhora Grazer.

Assenti e voltei a me sentar no banco, com Jaeden ao meu lado, ficamos em silêncio.

— ele resistiu... - Jaeden suspirou - o Jack resistiu, ele não merecia isso.

— não merecia. Nunca - falei, a raiva inundando o meu peito - esse tipo de merda nunca acontece com pessoas ruins. Aquele desgraçado 

— Finn o foco aqui é o Jack- Jae tocou no meu ombro - esquece o Max, ele vai receber o que merece. 

★︎𝐃𝐨𝐧𝐞 𝐃𝐞𝐚𝐥★︎ 𝑭𝒂𝒄𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora