Eu não aguento mais.
Já é a quinta vez que Finn troca de pedido, primeiro foi um expresso, depois mudou para um milkshake, dai pediu batatas, depois trocou por um hambúrguer que trocou por batatas de novo e pediu um bolo de morango que agora trocou por um de chocolate.
E como se todo esse estresse já não fosse o suficiente, Noah e Sophia não paravam de rir da minha situação deplorável.
-esse cara é determinado- Sophia comentou- queria que minha cremosa fosse assim comigo
- essa situação é tão absurda- Noah tomou um gole de água - mas eu dou minha benção a ele.
-quantas vezes eu vou ter que dizer que eu odeio aquele cara e que nós dois não temos nada
-onde tem ódio tem amor baby- ele zoa -por mais que eu seja super a favor dessa história de amor... precisamos fechar a lanchonete esse cara já tá ali há 3 horas-nos viramos para olhar para o Wolfhard que nos encarou de volta com um sorriso.
- Deixa logo de ser cu doce e ajuda o cara-Sophia
- eu não vou ceder - repeti o que pra mim já era um mantra, indo até o wolfhard.
- olha você perdeu cara, precisamos fechar a lanchonete então... vou pedir que se retire -sorri cínico
-mas tá meio tarde e eu soube que você vai pra casa de ônibus então...-ele fez uma pausa- quer carona?
- mas é claro que
- ele aceita sim -Noah diz aparecendo do meu lado- desde que dê carona pra Soph e eu também, e a propósito sou o Noah.
Finn sorriu vitorioso, por favor... não.
-sou Finn -estendeu a mão para Noah - por mim tudo bem - eu já disse que odeio Finn Wolfhard?
-você vai aceitar a carona-Noah disse me fuzilando com o olhar e Sophia assentiu concordando com o mesmo. Eram 3 contra um, revirei os olhos.
- tá bom, vamos logo - falei e saímos da lanchonete ajudando o proprietário a fecha-la. Jae e Soph comemoravam e eu já me sentia tonto de tanto revirar os olhos.
Confesso que eu hesitei antes de entrar no carro, Sophia e Noah ainda deram um jeito de me fazer sentar na frente ao lado de Finn. E pra piorar tudo Finn se deu muito bem com eles, tem como esse cara ser mais insuportável??? Eles conversaram sobre a escola em que Noah e Sophia estudam, animes, e outras coisas, o que me deixava impressionado com a habilidade carismática do moreno.
Eu não iria admitir que me sentia confortável em apenas o observar.
Aos poucos Sophia e logo depois Noah foram deixados em suas casas. Eu não conseguia encarar Finn, me sentia infantil e culpado, toda vez que eu o olhava, lembrava da conversa que ouvi no banheiro. Não comentei pra ninguém para que a notícia não chegasse a ele. Não sei como ele reagiria, eu mal o conheço.
Finn parou em um sinal vermelho.
-Eu vi o jeito que você falou com o Asher - ele olhou pra mim e eu arregalei os olhos
-oque você quer dizer com isso?
-simples, estou te propondo um trato, eu te ajudo com ele e você me ajuda a melhorar as minhas médias.
- têm tanta gente na escola que estaria disposto a ajudar você, então por que tanta persistência em ser eu?- quis saber.
- por que eu sei que se você me ajudar não vai ser por puro interesse de ter algo comigo- ele disse e o sinal ficou aberto- ou sexo, ou fama sei lá, você não é como os outros, você é verdadeiro... e eu não quero ser inútil ta bom, eu quero ser capaz de responder uma prova e tirar a droga de uma boa nota por conta própria, não quero ser um nada que só serve pra jogar basquete e você não é o primeiro a quem eu pedi ajuda, mas parece ser a minha melhor opção.
Ficamos em silêncio, dessa vez olhei pro Wolfhard e pensei melhor, eu não havia considerado o que ele sentia, só havia pensado em mim e na minha culpa... ajudá-lo seria uma boa forma de me redimir de forma silenciosa.
-É aqui-falei olhando para a casa em tons brancos e um estilo simples
-casa bonita- comentou- olha sem pressão tá. Se voc...
- eu topo Wolfhard-digo
- jura? -assenti e Finn deu um soco no ar - é isso ai, obrigado obrigado mesmo eu
- não se empolga tanto, eu ainda posso mudar de ideia. Amanhã, na sua casa. Você vem me buscar as 14:00 tá - digo saindo do carro - e Finn...
- hum? - ele olha pra mim com um sorriso animado, exclui a possibilidade de conta-lo sobre joshua, por mais que eu não saiba qual seria sua reação, eu aposto que ele não ficaria feliz em saber.
-boa noite - dei um meio sorriso e entrei em casa, pensando na loucura que estava fazendo.
- Filho? - minha mãe me chamou - A lanchonete fechou mais cedo hoje?
-não...- disse dando um beijinho em sua bochecha - eu so recebi uma carona de um... amigo.
-amigo?- minha mãe soou sugestiva
- Só amigo, e um baita pé no saco - disse e ela riu, sorri junto- estou um pouco cansado então eu vou tomar um banho e dormir.
-tudo bem-minha mãe deu um beijo em minha testa- boa noite
-boa noite - subi as escadas e fui para o meu quarto. Senti meu celular vibrar no bolso. O peguei e abri o chat de mensagens
"Numero Desconhecido: Boa Noite tbm kkk" 20:52pm
"Numero Desconhecido: Espero que durma bem" 20:53pm
"Numero Desconhecido: e de novo, muito obrigada" 20:53pm
Numero Desconhecido:"sabia que você tem um sorriso lindo?👌" 20:54pm
Numero Desconhecido:"gostei da foto de perfil" 20:55pm
Eu vou matar o Jaeden, não pude deixar de rir das mensagens, Finn era um cara estranho.
Me: "valeu" 20:57pm
Numero Desconhecido:"de nada😜"
20:57pm
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★︎𝐃𝐨𝐧𝐞 𝐃𝐞𝐚𝐥★︎ 𝑭𝒂𝒄𝒌
Romance(Trato feito) Finn era o tipico cara perfeito: joga basquete, tem notas estáveis, alem de ser o sonho de consumo da escola inteira. O que pode mudar depois de um "acidente" ? Jack é simplesmente invisível, ou pelo menos quando não é semana de prova...
