Capítulo 2

6.9K 475 78
                                    

Meninas preparem os extintores porque esse capítulo está pegando fogo!!!!!!

Laura estava muito ansiosa, não conseguia pensar em outra coisa, falara com sua mãe mais cedo, mas nem mesmo ela conseguira lhe acalmar.

Era a primeira vez que se apresentaria num festival. Na verdade, com a exceção de suas companheiras de aula, Larissa e sua mãe, ninguém nunca a tinha visto dançar.
Ela já dançava a três anos mas nunca teve coragem de se apresentar em público, não que ela fosse tímida, aliás ela não era nada tímida, mas sempre travava quando tinha que dançar em público.

- Laura, seu petit gateau já era – disse Terezinha tirando as forminhas no forno.

- Droga! – disse Laura.

Aquela já era a segunda vez que deixava os bolinhos passarem do ponto. Estava muito distraída.

- Pode ir querida, tomo conta de tudo aqui – disse Terezinha com seu sorriso bondoso.

- Ah obrigada Terezinha – disse tirando o avental – Hoje não é meu dia, viu!

Saiu lá para fora, se apoiou no enorme balcão de vidro e ficou encarando os docinhos que estavam lá dentro distraidamente.

- Queimou o que dessa vez? – era a voz de Larissa rindo.

- Os petit gateau – disse fazendo beicinho.

- Amiga relaxa, você vai arrasar! – disse Larissa – Você já ensaiou mil vezes, tem a coreografia pronta a mais de um ano, e convenhamos que você não faz o tipo tímida – disse rindo.

- Você tem razão Lala, preciso controlar minha ansiedade!

Larissa tinha razão ela não tinha porque se preocupar, a coreografia estava pronta a mais de um ano, e devidamente ensaiada.

E de repente ela se pegou lembrando que aquela coreografia em especial, tinha de certa forma lhe libertado. As lembranças dolorosas eram tão claras... parecia um filme passando em sua cabeça.

Ela estava na sala da sua casa, decidira que iria se apresentar no festival de danças Orientais da cidade, e estava ensaiando.

A dança era seu momento, era quando ela se desconectava do mundo, era quando ela podia ser ela mesma, sem se importar com o julgamento dos outros, mas podia também ser quem ela quisesse, ela era livre. E nada além da música e dos seus movimentos existia, nada! Nem mesmo ela! Era um momento de entrega total.

Na dança ela havia encontrado a paz, a serenidade, a paciência, mas também a força e a determinação.

E ela dançava como se sua vida dependesse disso, era uma mulher intensa em tudo o que fazia, e sentia os movimentos fluírem pelo seu corpo, seus olhos estavam fechados, e, quando a música teve fim, ela lentamente com um sorriso nos lábios abriu os olhos, e viu que Rafael a observava.

- Ual – disse ele sorrindo, ela lhe fez um referência em sinal de agradecimento.

- Essa é a música que irei dançar no festival – disse sorrindo.

Mas a expressão de Rafael mudou no mesmo instante.

- O que você disse? Festival?

- Sim, o festival da cidade, vou fazer um sólo, acho que já estou preparada, danço a dois anos... – mas ele a interrompeu.

- Você só pode estar brincando, não é? Você acha mesmo que eu vou permitir que você participe de um festival? - disse com desdém.

- Não vejo mal algum nisso – disse calmamente.

Resista-me... se puderOnde histórias criam vida. Descubra agora