A Verdade Escondida (Shikatema)

Guarda

TEMARI P.O.V

- Não, não, eu fugi, você... você não é real.

- Do que está falando querida? - diz Daimaru se aproximando - Você nunca fugiu. Porquê você me ama, assim como eu a amo...

- Não, não - disse me afastando - sai de perto de mim.

- Amo, mas não tenho paciencia pra suas criancices Temari... - se aproximou com raiva.

Acordei num pulo sentindo minha respiração ofegante, me sentei ao lado da cama e fui olhar o relogio que tinha do lado da minha cama.

Mas não tinha nenhum relogio ali.

Senti uma mão tocando meu ombro e levantei da cama assustada.

Eu tinha escapado não tinha? Não, aquilo não podia ser um sonho, eu realmente fugi de Daimaru, e quem me ajudo...

- Tema? Sou eu, calma - diz uma voz sonolente.

A pessoa da voz se estica e acende o abajur que tinha do lado da cama.

Da cama dele, não da minha, não estou no Japão.

Eu fugi porque Shikamaru me ajudou, e eu estava na casa dele. Não na minha.

- Desculpa... me desculpe - disse voltando a sentar na cama e colocando as mãos no rosto.

- O que houve? - disse se sentando do meu lado.

- Um sonho... só foi um sonho. - Shika ficou em silencio e percebi que ele queria mais do que isso - Eu ainda tava na cabana, ainda estava com Daimaru. E... e quando eu acordei eu fui procurar o relogio que tem do lado na minha cama, só que não tinha relógio nenhum aqui e eu pensei... que ainda tava lá. Eu não lembrava que... que tinha vindo pra sua casa, não sei, não sei explicar. - disse balançando a cabeça.

- Ei, ei, ta tudo bem, não se preocupe. Eu entendi - ele diz passando o braço pra que eu me apoie em seu ombro. - eu to aqui agora, vai ficar tudo bem.

Ficamos um tempo assim, só abraçados, mas quietos.

- Ainda não amanheceu - diz Shikamaru um tempo depois - deve ser umas 4, 5 horas, ainda da pra dormir um pouco.

Eu assinto com a cabeça, sei não vou conseguir dormir, mas sei que ele deve estar cansado, não vou tomar esse tempo dele.

Nos deitamos e eu apoio minha cabeça em seu peito, depois de um tempo percebo que sua respiração não se tranquiliza e levanto a cabeça vendo ele me encarando.

- Não vai dormir? - pergunto.

- Eu sei que você não vai conseguir dormir depois desse sonho, to te fazendo companhia - disse piscando o olho.

- Você precisa dormir, deve estar cansado.

- Estou bem, quer conversar sobre Daimaru?

- Não quero conversar sobre isso. - digo voltando a encostar em seu peito

- Tudo bem, podemos conversar sobre outras coisas.

- Tipo o que?

- Tipo qualquer coisa - diz começando a fazer carinho na minha cabeça.

- Não sei o que conversar...

- O que achou de Mirai?

- Continua um amorzinho, ela cresceu tanto... - olhei pra ele de novo - falando nela, o que ela cochichou no seu ouvido quando a gente foi embora?

- Se ela cochichou é porque não queria que você escutasse, problemática - diz e belisca meu nariz.

- Mas eu sou curiosa - disse fazendo um biquinho fingindo não ter ouvido do que ele me chamou.