Bárbara Oliveira é uma lutadora de muay thai que nunca se abriu verdadeiramente para um relacionamento.
Evelyn Sampaio é uma bailarina que terminou um relacionamento por conta de uma traição, o que a deixou traumatizada.
O que elas têm em comum? Bá...
Logo me vesti, subi na moto e fui para o bar. Mesmo que ainda estivesse faltando 45 minutos para o meu turno e eu chegasse lá em 10 minutos; gostava de chegar cedo para ir preparando as frutas, as bebidas para os drinks, os copos e canudos.
Não era possível pensar enquanto se estava no trânsito e eu agradeci muito por isso porque dessa forma não pensaria mais na bailarina que conheci hoje de manhã.
Mas como a felicidade não dura muito tempo, logo cheguei no trabalho e mesmo quando estava preparando as coisas, me pegava pensando nela.
Eu nunca fiquei assim antes. Sempre fiquei com quem eu queria e acabava logo. Nunca nem fiquei sério com ninguém. Evitava sempre trocar contato para não correr o risco de bater papo e cair na besteira de me apaixonar.
Nunca tive nenhuma desilusão amorosa, mas eu já tinha visto o suficiente com meus amigos para não querer me enfiar em um relacionamento sério.
O bar já estava aberto, mas eu ainda tinha algum tempo para fuxicar o Instagram. Peguei o celular no bolso e abri o aplicativo.
Eu não queria sentir nada por aquela bailarina, mas no impulso, comecei a buscar por ela nos perfis do Instagram. Foi difícil de encontrar, parecia mesmo que ela não era uma pessoa com muitos amigos.
Quando estava quase perdendo as esperanças, lembrei de olhar no perfil da academia e lá estava ela. Quando cliquei e vi que o perfil era aberto, fiquei feliz da vida. Ela era tão linda.
Passei por diversas fotos dela, a maioria era vestindo collant e sapatilhas, mas também tinha fotos de viagens e passeios. Quase no final, achei uma foto que se aproximava do conceito de perfeição.
Ela estava com um cropped de manga comprida preto, uma calça jeans e um sorriso lindo, mas tão lindo. Na localização dizia que ela estava na Califórnia. Admirei aquela foto até o último segundo livre. Então meu turno começou e fui para o bar atender aos clientes que chegassem.
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Como de costume, logo uma cliente chegou e pediu uma gin e tônica. Preparei rapidamente para ela, era uma menina bonita, parecia um pouco mais velha que eu, mas muito bonita mesmo. Ela começou a puxar assunto.
-Pouco movimento hoje?
-Quarta-feira nunca enche. - eu respondi querendo finalizar o assunto, mas ela parecia querer conversar.
-Eu acho ótimo porque posso ter mais da sua atenção. - ela me falou e comecei a pensar que não faria mesmo mal em me divertir um pouco com ela depois que saísse do trabalho.
Ela era muito bonita, tinha cabelo castanho escuro, seu corpo era perfeito e ela estava com uma roupa simples, mas extremamente sexy e provocante. Involuntariamente, mordi meu lábio inferior imaginando o que poderíamos fazer.
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Eu não tinha tempo a perder mesmo e precisava urgentemente de alguém que me fizesse apagar a tal da Evelyn da minha memória. Eu daria um jeito de nunca mais esbarrar com ela na academia e minha vida seguiria normalmente.
-Eu estou começando a achar bom também. - eu respondi, me debruçando sobre o balcão e me aproximando um pouco mais dela.
-Será que posso esperar você sair? Que horas termina aqui?
-Pode ficar à vontade, desde que eu saiba seu nome? -ela deu um sorriso provocante enquanto mordia o canudo da gin e tônica.
-Caroline. É um prazer, Barbara. - ela disse após fitar o meu crachá e descobrir sozinha o meu nome.
-Sendo assim, eu saio às 23h. Você me espera lá fora?
-Com certeza. Até mais tarde. - ela falou enquanto saía desfilando com aquele body branco que marcava perfeitamente seus seios sem sutiã.
Ela já me deixou indo à loucura com aqueles poucos minutos, fiquei imaginando como não seria entre quatro paredes? Quase dei pulos de alegria por estar pensando em outra coisa que não fosse a bailarina.
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E aí, o que acharam da Caroline? Será que a Barbara vai esquecer mesmo a Evelyn tão facilmente?
