Capítulo 13 - Barbara Oliveira

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Quando Evelyn me respondeu, vi uma oportunidade de me aproximar dela. Eu não podia deixar minha chance passar, então chamei ela para almoçar no dia seguinte. Eu estava nervosa como nunca me senti antes.

Eu nem acreditei quando mandei a mensagem perguntando se ela topava almoçar comigo, ofereci para levar um capacete extra também. E quando ela aceitou...me senti nas nuvens.

Nos despedimos em seguida porque já era tarde. Eu fui tomar um banho em seguida. Deixei a água cair sobre os meus ombros para tentar relaxar, mas a verdade é que eu estava super empolgada para o dia seguinte.

Deitei na cama e tentei idealizar meu encontro com Evelyn. Será que nos veríamos logo de manhã na academia? Eu gostaria. Lembrar da beleza dela me deixava um pouco desnorteada, ela era tão linda.

Eu acho que entre todos os pensamentos com Evelyn eu acabei pegando no sono porque no dia seguinte eu acordei num pulo com o despertador tocando. Era hoje.

Levantei rápido e animada. Nem conseguia acreditar que passaríamos algumas horas juntas. Peguei uma roupa para vestir e outra para levar e vestir quando fosse ao shopping com Evelyn. Fiquei um pouco indecisa, mas acabei optando por fazer o máximo para agir naturalmente.

Mas será que meu naturalmente era o suficiente para conquistar Evelyn? O nervosismo estava voltando e eu continuei arrumando as coisas para sair logo. Eu sentia que quanto antes eu saísse, mais chance eu teria de encontrar Evelyn logo de manhã.

Coloquei a roupa dentro da bolsa e conferi se estava tudo certo para o treino. Eu teria que deixar minha bolsa na academia hoje para não ter que carregar um monte de coisa para o shopping.

Peguei o meu capacete e o de Evelyn e desci. Estava com muita fome então não teria como sair de casa sem comer alguma coisa. Minha mãe estava na cozinha e tinha feito panqueca integral de banana. O cheiro estava maravilhoso.

-Bom dia, mãe. - eu falei dando um beijo em sua bochecha.

-Bom dia, Babi. Se divertiu ontem? - ela perguntou enquanto me passava uma das panquecas.

-Era para eu me divertir, mas não consegui. - eu respondi enquanto dava a primeira garfada na panqueca.

-Hum, sei. Hoje você almoça em casa? Estou de folga, então quero aproveitar para ir na casa da Suzana.

-Eu vou almoçar na rua, mãe. Chamei alguém para ir comigo. - eu respondi e minha mãe ficou surpresa de eu estar falando disso com ela porque eu evitava qualquer assunto que dissesse respeito a minha vida amorosa.

-Finalmente apaixonada? Achei que seu coração fosse de pedra, minha filha. - ela sorriu, quando minha mãe sorria eu me sentia muito em paz. Ela era uma mulher linda, que ainda tinha tanto para viver, mas que se privava disso porque achava errado ter alguém depois do meu pai.

-Para de graça e eu acho que você devia usar mais esse sorriso lindo, dona Ana. - ela me deu um tapinha no ombro enquanto sorria mais uma vez. Eu me levantei para terminar de me ajeitar e ir para a academia.

-Tchau, mãe. Te amo. - me despedi dando um tchauzinho de longe.

-Eu também te amo, Babi. Vai com cuidado. - ela me jogou um beijo no ar.

Subi na moto e segui para a academia. Eu estava muito ansiosa e quando eu ficava assim, sempre agradecia mentalmente por eu ter uma moto e não um carro. Chegar aos lugares de moto era infinitamente mais rápido, não pegava trânsito e era maravilhoso poder sentir o vento no meu corpo.

Não demorei muito a chegar, como de costume. Meu coração batia cada vez mais acelerado. Peguei as coisas e segui para dentro da academia.

-Iiih, vai rolar carona hoje, Barbara? - Samuel me perguntou apontando para o capacete extra no meu braço.

Você me aceita? (Romance Sáfico) - degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora