Ficar olhando Barbara enquanto ela fazia nosso pedido parecia mesmo um sonho. Nesse momento, fiquei pensando na química que parecia estar acontecendo entre nós duas. Eu me sentia tão eufórica perto dela e só de pensar nela, as borboletas já se agitavam em meu estômago.
-Pronto, senhorita. Agora temos que esperar chamar nossa senha. O lado bom é que temos um tempo para conversar. - Barbara falou sentando-se ao meu lado. Ela estava me olhando fixamente e eu não conseguia também desviar meu olhar do dela.
Barbara afastou uma mecha que caía sobre meu olho e colocou atrás da minha orelha. Eu senti um arrepio e sorri, fechando um pouco os olhos.
-Você treina quais dias na semana? - Barbara me perguntou, me tirando do devaneio de tê-la em meus braços.
-Todos os dias, exceto nos finais de semana. Meu pai me colocou no ballet quando eu ainda era muito pequena. Perdemos minha mãe e ele quis preencher todo meu tempo ocioso, até porque ele tinha mais o que fazer do que ficar comigo. Então eu vivia na academia, na escola, nos cursos de idiomas. - respondi.
-Eu sinto muito pela sua mãe. Mas acho que entendo sua dor...perdi meu há alguns anos, foi o muay thai que me salvou da depressão.
-Nossa...eu também sinto muito pelo seu pai. Mas me pergunto como não nos encontramos antes?
-Eu vou para a academia toda segunda, quarta e sexta. Quando sinto vontade, vou nos outros dias também. Mas é mais raro porque o trabalho me deixa cansada demais para acordar cedo todo dia. Você pretende dar aula um dia?
-Ah, sim! Eu estudo há muitos anos e hoje disputou uma vaga na escola de ballet de Paris. Eles são muito exigentes e ainda não consegui passar. Nem sei se conseguirei, minha idade para entrar está quase esgotando.
-Olha, que legal. Não sei se eu gosto da ideia de imaginar você tão longe de mim, justo agora que quero estar sempre perto. - Barbara falou e eu com certeza fiquei da cor de um pimentão vermelho. - Mas ficaria feliz por realizar seu sonho.
Eu sorri muito boba e feliz com o que ela disse. Com certeza ela sabia como me deixar sem graça. Será que estava sendo sincera ou só queria me conquistar? Não sei, mas se fosse, estava dando certo.
-Você é diferente, não sei agir muito bem perto de você. - eu disse, me aproximando do seu rosto. Apoiei uma das mãos na mesa e recostei a cabeça, olhando-a de lado. Nossos rostos bem próximos.
-Diferente como?
-Eu acho melhor não falar sobre isso agora. Mas não consigo manter o controle perto de você. - estávamos cada vez mais próximas.
-E quem disse que precisa? - ela disse ficando ainda mais perto, nossos lábios quase se encostando.
Meus olhos estavam vidrados em seus lábios. A vontade de beijá-la crescia a cada segundo. Minha respiração estava acelerada e eu conseguia sentir a de Barbara. Conseguia sentir seu cheiro, o ar quente saindo de sua boca. Estávamos quase nos beijando quando chamaram nosso número, indicando que as lasanhas estavam prontas.
-Acho que vai ter que ficar para depois. - ela falou fazendo cara feia.
-Ou não. - eu segurei em sua nuca com leveza, senti seus pelos eriçarem. Aproximei nossos rostos e colei nossos lábios, abrindo a boca de leve e beijando-a com intensidade.
Barbara pareceu não estar esperando pela minha atitude, mas não demorou para retribuir o beijo. Ela segurou um dos meus braços e apertou. O beijo dela era incrível, estava me fazendo viajar para um mundo que só existia nós duas. Queria eternizar aquele momento.
A senha foi chamada novamente, me trazendo de volta a realidade. Encerrei nosso beijo com alguns selinhos entre sorrisos que não cabiam no rosto. As duas pareciam felizes com o beijo, me sentia tão grata por aquele momento. Eu queria mais e mais e mais.
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Uhuuuuul! Um beijinho, hein???Estou super feliz que está acontecendo. Me digam o que vocês acharam?
Deixem a estrelinha pra me ajudar no alcance da história?
Beijoooos!
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Você me aceita? (Romance Sáfico) - degustação
ChickLitBárbara Oliveira é uma lutadora de muay thai que nunca se abriu verdadeiramente para um relacionamento. Evelyn Sampaio é uma bailarina que terminou um relacionamento por conta de uma traição, o que a deixou traumatizada. O que elas têm em comum? Bá...