Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAO

Capítulo VII - O Começo de Tudo

                            Draco Malfoy puxou uma cadeira e se sentou ao lado de Hermione Granger, na mesa do escritório. Ele estava decidido aproveitar cada minuto ao lado da castanha. Não precisava disfarçar, não precisava esconder, ele podia só aproveitar a presença da garota, que ele desejou em segredo por tanto tempo. Não tinha mais que se preocupar em agradar seu pai: 

"Quem é ele para falar alguma coisa? Dormindo com uma fugitiva de Azkaban, torturadora e assassina, vem me falar de sangue sujo?"

             Mas Draco não queria pensar sobre seu pai, porque pensar nele, fazia pensar como ele não impediu que a Nojenta Lestrange torturasse a sua mãe, e quando pensava nela, ele perdia o controle e seu coração doía. Seria muito difícil cumprir a promessa que fez para sua mãe, e não buscar vingança, parecia uma tarefa impossível de realizar.
Estar com Hermione Granger, agora nesse momento, era como estar se afogando em um oceano profundo e aparecer um bote salva vidas. Ele continuava com frio, com fome, com medo e continuava perdido no meio do mar, mas pelo menos não estava mais se afogando em sofrimento.

                 Hermione estava revisando o conteúdo de Transfigurações, Draco não estava interessado em revisar a matéria do ano anterior, mas queria ficar perto dela. Sentir o cheiro de coco que emanava daqueles cabelos volumosos. Poder olhar para aquelas sardas, enquanto ela estudava distraída. E quem sabe, roçar a pele na dela, assim sem querer, como quem não quer nada.
                 Draco pegou um livro de Defesa Contra as Artes da Trevas para disfarçar e parar de olhar para ela como um Stalker. Ele aproveitou o momento que fingia ler, para pensar, vez por outra virava uma página, para disfarçar.
                A verdade é que Draco sempre passou tempo demais odiando Hermione e seus amigos, sempre se preocupava com o que eles estavam fazendo e deixando de fazer. Sentia a necessidade de ter ela por perto, mesmo que tivesse que provoca-la para poder falar com ela, no final valia a pena, pois era o momento que ela olhava para ele.
Olhando para ela ali, ao seu lado tão serena,  começou a lembrar de seu primeiro ano em Hogwarts.

 ...

                O pequeno Draco Malfoy estava no trem, havia acabado de colocar suas novas vestes de Hogwarts, não podia conter uma certa excitação por finalmente estar indo à tão sonhada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ele sempre conviveu com magia, mas nunca pôde usar uma varinha para executar feitiços, embora sempre tivesse feito, ao decorrer da vida, algumas magias simples e comuns para jovens bruxos.

                Draco Malfoy era filho de uma família importante e sabia de seu prestígio, seu único medo era ir para uma casa que não fosse a Sonserina, não que lhe faltasse curiosidade, mas seu pai tinha deixado bem claro que para um Malfoy a sonserina não era uma opção e sim uma obrigação. Ele achava a Corvinal e a Grifinória muito mais interessantes, antes de ir dormir ele gostava de pensar que estava na Grifinória cercado de amigos, que sabiam reconhecer o seu verdadeiro valor e não apenas o valor de seus Galeões.

               Saiu do vestiário no Expresso de Hogwarts e se deparou com uma garota que parecia estar tão ansiosa quanto ele, ela tinha cabelos castanho volumosos demais, ele não pôde deixar de caçoar disso, mas alguma coisa em seu rosto prendeu-lhe a atenção; Draco não sabia se eram suas discretas sardas, ou mesmo seus olhos amendoados, que pareciam se conectar com os dele. Ele deu espaço para a pequena garota passar e ficou parado olhando para ela, esta ficou envergonhada se perguntando porque ele a olhava, então ela entrou no banheiro o mais rápido possível.