A vida de Draco Malfoy se transforma completamente quando presencia o assassinato da sua mãe. Deixando muitos mistérios no ar e uma nova descoberta: ele é um raríssimo Veela Puro. Apesar de ter suas vantagens, isso também significa que só poderá se...
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"Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança."
Winston Churchill
Primavera de 1977
***
Era um dia ensolarado e verdejante, Draco Malfoy estava nos jardins de Hogwarts contemplando o Lago Negro, próximo do ponto de partida, juntamente com outros rostos desconhecidos, quase esqueceu que estava na mente de Severus Snape.
— Ah qual é, Regulus, por que está assim? A ideia de se tornar Comensal não é empolgante? — Draco observava o lago quando ouviu aquele nome familiar e olhou com curiosidade.
Dois jovens aproveitavam a sombra de um majestoso Olmo. Draco não precisou dar mais de dois passos para visualizar perfeitamente o dono da voz, Snape ainda parecia ele mesmo, pele pálida, nariz adunco, cabelos que pareciam nunca ter visto um shampoo na vida. A diferença era, aquele Snape não parecia colocar medo em ninguém; tinha um ar jovial e misterioso do tipo que despertaria interesse de Pansy e suas amigas.
Ainda que fosse um convidado, Draco sentiu-se estranho ao invadir a mente do professor. Não tinha labirintos ou baús para desbravar. Estava tudo claro e visível, a porta estava aberta para vê tudo que Snape quisesse lhe mostrar. Observou o rosto do segundo rapaz, irmão mais novo de Sirius Black, Regulus era elegante, alto, de boa aparência, Draco não era nenhum especialista em aparência masculina, mas podia garantir que era muito mais bonito que o Santo Potter.
Tinha olhos azuis e cabelos castanhos curtos, em contraste com o irmão rebelde, parecia se esforçar para manter os cabelos e roupas impecáveis. Desde que o irmão fora embora, todas as expectativas e cobranças caíram sobre os seus ombros, isso refletia em seu olhar maduro. Apesar de mais novo que Snape, parecia anos mais velho, pela sabedoria que exalava do seu olhar.
— Não, não é — respondeu com a expressão fechada. — Nunca foi!
— E por que você não desiste então? — perguntou com suavidade. — Você não precisa comparecer a cerimônia.
O olhos negros brilhavam de ansiedade e diziam que independente do amigo ir ou não, Severus estaria na Cerimônia de Iniciação.
— Eu não tenho escolha, Sev. — Draco observou quando os olhos azuis cravaram em Snape, cheios de intensidade, quase sentiu-se hipnotizado pela profundeza daquele olhar. Parecia guardar uma alma cheia de anseios, paixões e ideais. Regulus não parecia ser o tipo de pessoa que perdia tempo com conversas fúteis.
— Do que está falando? — Snape juntou-se o amigo, e sentou-se sob a sombra da árvore.
— Sirius foi convocado... — disse em tom baixo de quem compartilha um segredo. Como se temesse ser ouvido pelo grupo de sonserinas sorridentes adiante, que lançavam olhares cobiçosos na direção dos dois vez por outra.
