Capítulo XV - Arrogância do Potter

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                 Quando chegou a a sala de Defesa Contras as Artes das Trevas, não se surpreendeu ao perceber que estava completamente diferente dos anos anteriores. Todo ano mudava, no ano anterior a sala era decorada com insistentes tons de rosa e quadros de gatinhos. Enquanto que no segundo ano, o vaidoso professor Gilderoy espalhava quadros de si mesmo por todas as paredes.

A sala refletia a personalidade do professor. Agora era escura, as cortinas fechadas, havia quadros horrendos com demonstrações de pessoas desfiguradas, parecendo sentir muita dor. E a sala era iluminada apenas pela luz bruxuleante das velas.

Draco sentou-se em uma cadeira mais atrás, com um espaço vago ao seu lado. Depois notou que Hermione estava sentada sozinha e se amaldiçoou, mas antes que se levantasse, uma garota de cabelos loiros quase brancos, com vestes da corvinal, sentou ao seu lado. Ele não se importava em ser mal educado, por isso se levantou para trocar de lugar, mas Severus Snape entrou na sala, no segundo seguinte.

- Agradeço a gentileza trazida da Beauxbatons.. mas não precisa se levantar toda vez que eu entrar na sala. - Snape falou em tom irônico, que despertou alguns risinhos dos sonserinos, principalmente de Pansy Parkinson.

Draco sentiu as bochechas corarem e voltou a se sentar injuriado. Snape começou a falar das Artes das Trevas, com um fascínio quase perturbador, que fez o cicatriz ficar murmurando irritado, com o seu fiel escudeiro ruivo.

- Oi, eu sou Luna!

Draco não queria conversar, ele apenas acenou com a cabeça, sem interesse. Queria prestar atenção, mas aquela distância permitia que ele olhasse para Hermione com o mesmo fascínio que Snape acariciava suas palavras sobre as Artes das Trevas. Ela era linda quando apoiava a pena no queixo para pensar, ou quando levantava a mão para falar, Draco não conseguia entender como Snape conseguia maldizer suas participações...

Começou a notar que era mais fácil ficar longe dela, quando não podia vê-la, como quando estava na casa dos Tonks. Também era mais fácil não pensar nela, quando não sabia qual era o sabor daqueles lábios carnudos, que ela mordia enquanto escrevia suas anotações em seu pergaminho.

- Hum.. Mione realmente é uma garota que chama muita atenção.

Draco se assustou quando a criatura que ele havia esquecido que estava ao seu lado, falou. Ele nem lembrava do som da voz dela. Talvez nunca nem tivesse ouvido aquela pessoa estranha falar. Ela era uma das alunas que sofria bullying da sonserina, e sua personalidade excêntrica a tornava alvo de bullying até mesmo dos seus próprios companheiros de casa.

- Não entendi. - Draco crispou os lábios carnudos de Gabrielle, para Luna Lovegood.

- Vi que Hermione chamou sua atenção.. eu compreendo. Ela é realmente muito linda.

       Draco olhou com curiosidade para Lovegood, ficou pensando se a garota gostava de outras meninas, pelo que havia dito.  E Luna parecia ser doida varrida a ponto de falar das suas intimidade para um completo estranho, então Draco perguntou sem qualquer filtro.

- Você gosta de Hermione? Você gosta de garotas? - se certificou de baixar o tom de voz para não ser chamado atenção pelo professor.

Mas Luna não pareceu envergonhada, nem desconfortável com a pergunta, falou como se fosse informação pública, e todo mundo soubesse, menos Draco Malfoy.

-Sim, eu gosto.. mas não da Hermione. Ela é linda e gentil, mas eu já gosto de alguém.. eu não  tenho escolha...

                Draco Malfoy observou Luna de verdade pela, primeira vez na vida, achou um pouco perturbador, como ela lembrava um pouco a si mesmo. Seus olhos tinham um brilho sonhador que ele não possuía, mas a cor cinza clara, era idêntica. Aquela era um cor de olho muito rara, era um dos símbolos dos descendentes das Fadas da Floresta.  Sabia que ela tinha cabelos loiros platinados, mas nunca tinha pensado o que isso poderia significar.

Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAOOnde histórias criam vida. Descubra agora