Capítulo XVI - Ameaça Francesa

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                 A pequena câmara adjacente a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, estava abarrotada de livros, assim como a sala da casa de Severus Snape. Fazendo parecer que o professor havia trazido metade da sua biblioteca pessoal para Hogwarts. Além dos livros, havia alguns pequenos armários com vidros de todos os tamanhos, para armazenar Poções. Podia ser o novo professor de DCAT, mas continuava sendo um exímio pocionista.

- Tenho um presente para você, Malfoy.

                Snape se sentou na cadeira robusta,  por trás da sua mesa de mogno e apontou para um embrulho de papel pardo, perto de Draco. O mais jovem se sentou e agarrou o embrulho, sem cerimônia. Não pôde disfarçar a cara de descontentamento ao ver o que estava dentro. Um livro surrado, que Draco havia visto na casa do mestre de poções e lembrava muito bem que além de antigo, estava em péssimo estado. Folhas amareladas, manchadas, todo rabiscado e garranchado, na capa podia-se ler  "Estudos Avançados do Preparo de Poções" e na quarta capa  "Este livro pertence ao Príncipe Mestiço" ; Draco balançou o livro nas mãos, com um sorriso debochado.

- Obrigado.

- O desdém não lhe cai bem, Gabrielle Noir.

            Draco já estava esquecendo, novamente, que seu rosto estava oculto por trás daquela máscara de menina bela.

- Este livro vai te ajudar a conseguir notas excelente em Poções, evitando chamar atenção para sua inépcia na matéria. 

- Assim você magoa... - Draco fingiu tristeza, antes de esboçar sua expressão sarcástica.

Snape se identificava com o sarcasmo e personalidade ácida de Draco, por isso não se importou com o mal jeito do rapaz. 

- Primeiro vamos aos avisos e depois responderei qualquer eventual dúvida, que eu julgue relevante.

- Ótimo.

- Dumbledore pediu para fazer suas poções e eu tomei a liberdade de usar uma poção nova, que prolonga a sua forma. Se apresentar alguma falha, me procure imediatamente!

- Como é? Quer dizer que você está me usando como cobaia?

- Alguma objeção?

-SIM!! - Draco vociferou indignado, e Snape  achou a exasperação do aluno risível, mas contraiu os lábios para evitar demonstrar que se divertia. Então continuou: 

- Tenho no estoque a poção comum também... se prefere tomar de hora em hora. - Snape provocou e Draco recuou imediatamente.  A ideia de tomar aquela substância lodosa mais vezes por dia, era motivo de náuseas. Ademais, a chance dele esquecer de tomar seria significativamente maior.

- Não... tudo bem. - Respondeu resoluto.

- Outra coisa, que Dumbledore sugeriu que o ajudasse a desenvolver suas habilidades.

- Que habilidades?

- De Veela.

-Mas porque?

- Dumbledore tem razões que só ele conhece, por enquanto é o que você precisa saber. Mais alguma coisa, Senhorita Noir?

Draco semicerrou os olhos com ódio, quando Snape o chamou de senhorita.

- Algumas, para começar.. estou tendo um pequeno problema com a transformação... eu preciso, hum, tomar banho... - O jovem falou sem conseguir disfarçar o constrangimento.

- E o que o está impedindo?

Draco olhou para o seu próprio corpo como resposta, e arregalou os olhos como se sinalizasse o óbvio.

Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAOOnde histórias criam vida. Descubra agora