Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAO

Capítulo XII - Poção Polissuco

              O restante da semana passou de forma pacata. Com as idealizações e expectativas de Draco Malfoy a respeito da Poção Polissuco. Ele nunca tomara a poção, mas já havia visto na sua casa, e achava extremamente repulsiva. Se questionava quantas vezes seria obrigado a tomar aquela porcaria, por dia, para poder manter a aparência.

Para sua surpresa, ele conseguiu se dar bem com Andrômeda e o marido, Ted Tonks. Mas a filha do casal, era intrometida e insuportável. E sempre que recebia uma coruja ficava com um humor depressivo e desagradável. 

Depois do jantar, Draco costumava sentar com Ted Tonks, conversar e beber um pouco. O seu Tio apreciava um bom vinho, ele dizia que fazia bem para o coração, por isso todo dia tomava uma taça. Depois de três dias, Draco começou a achar o sabor menos desagradável.

Certo dia, após beber um pouco mais de Vinho de Elfos do que deveria, para tentar esquecer que o Potter estava na casa da Hermione. Ficou pensando  que deveria ter azarado o garoto. Assim como lhe ocorreram algumas respostas, que julgou adequadas para responder a pergunta estúpida daquele idiota: "O que essa doninha saltitante faz aqui?"  

Ficou ensaiando falas como: "fazendo o que você nunca fez, Potter, beijando Hermione Granger" ou "Valorizando a garota que você nunca viu, porque só olhava para a própria cicatriz... ela estava do seu lado o tempo todo... mas agora ela é minha!".

 Ás vezes as resposta ficavam mais agressivas e depreciativas: "tô fazendo mais do que você, Potter, que se esconde em um buraco de trouxas todo verão.." Draco se sentiu meio idiota, ao pensar isso,  pois os Grangers também eram trouxas e ele sentia falta deles. Então pensou em outra resposta: "Confrontando Voldemort, coisa que você nunca fez direito.. você só escapou e sobreviveu por causa do sacrifício dos outros."

E Draco Malfoy se sentiu um explosivin* pegajoso e fedorento.. a cada xingamento que pensava para o Potter, percebia que a ofensa falava de si mesmo... e doía.. Draco também fugiu. Ele também escapou e sobreviveu, graças a sua mãe, que também se sacrificou por ele. 

"Como eu pude ser tão idiota? Potter é desprezível, mas a mãe dele só merece admiração e respeito..."

Draco bebeu mais uma dose, ouvindo Ted Tonks contar sobre seus tempos na Lufa-Lufa, se perguntando o porquê da família Black ter deserdado Andrômeda, ela nem casou com um trouxa propriamente dito.. apenas com um Sangue-Ruim... 

"Sangue Ruim... Merlin.. como pude chamar Hermione de Sangue-Ruim no segundo ano? Que nível de desespero eu estava, para fazê-la chorar, só para ter um pouco da atenção dela para mim?"

Draco soluçou, Ted ofereceu água e sua tia o mandou para o quarto, depois de ralhar com o marido, por deixá-lo beber vinho.

Draco planejava ir para o quarto, mas jogou-se na poltrona da sala e ali ficou. Sua tia deveria ter passado por lá, pois quando acordou havia uma coberta em cima dele. Era tão reconfortante poder se sentir cuidado, essa sensação lhe trouxe felicidade. Draco só sentia isso no Verão e no Natal, quando estava na Mansão aos cuidados de sua mãe.

A casa dos Tonks já estava escura, imaginou que os tios haviam seguido para o quarto. Draco procurou o motivo que o fizera acordar e percebeu que a havia sido as vozes, um pouco exaltadas que vinham do lado de fora da casa. Malfoy apurou os ouvidos, identificou que eram conhecidas e o mais importante, eram de membros da Ordem da Fênix. Curioso como sempre foi, andou sorrateiramente até a janela e espiou pela cortina.

No jardim estavam o seu antigo professor de DCAT, Remo Lupin, e sua desagradável prima Ninfadora Tonks. O loiro olhou com interesse e prestou atenção na conversa, na tentativa de descobrir quais seriam os próximos passos da Ordem. E se essas informações o envolviam. Quem sabe eles fossem falar de Voldemort, seu pai, ou de Belzebu Lestrange? Mas ficou em choque quando viu a garota, de cabelos rosa chiclete, se jogar nos braços do professor e beijá-lo, com muito desejo e vontade.