Capítulo VIII - Pesadelos e Sonhos

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              O dia continuou de forma arrastada e até um pouco entediante. Draco não entendeu ao certo a razão de Hermione ter ficado daquele jeito. Ele provavelmente tinha frustrado alguma expectativa que a castanha criou. 

Foi um alívio poder vê-la, mas agora ele sentia que tinha muitos assuntos pendentes. Talvez estivesse na hora de ir embora. Precisava decifrar todas as coisas que sua mãe havia dito. Assim como  encontrar a tal caixa que ela mencionou no patrono. Hermione havia se trancado no quarto dela,  e ele se trancou no dele.

Ao anoitecer ouviu uma batida na porta, quando abriu deu de cara com aqueles olhos amendoadas. Hermione parecia arrependida, ele resolveu que era hora de se fazer de difícil.

- Deseja algo, Granger? - Ele falou com uma voz fria, sentindo que estava maltratando mais do que o necessário. Por mais que adorasse a companhia dela, assim como todos flertes disfarçados de implicância. Sentia que precisava ficar um pouco só.

- O jantar já está servido, você vem? - Ela perguntou com uma voz doce, na tentativa de fazer as pazes. Talvez se ela não tivesse dado a opção, ele tivesse ido. Mas aproveitou a deixa.

- Obrigada, Granger, estou sem fome. Estou com dor de cabeça, vou me deitar mais cedo hoje, mas  agradeça aos seus pais por mim. - Ela concordou acenando positivamente com um olhar triste. Draco Malfoy fechou a porta por trás dela, e voltou aos seus pensamentos no quarto solitário.

               No patrono, sua mãe havia falado poucas coisas: para procurar sua tia Andrômeda e pegar a caixa, que estava na Mansão. Sobre essa segunda parte, lhe ocorreu um pensamento mais cedo, que ele gostaria de experimentar. 

Quando estava em casa, bastava chamar o nome de seu elfo doméstico três vezes que ele aparecia. Draco queria confirmar se a magia élfica, que as pessoas sabem tão pouco, era capaz de realizar feitiço de invocação a distância.

Ele se levantou da cama, tomou fôlego e disse alto, mas não alto o suficiente para que os pais de Hermione pensassem que ele era louco.

- Butler... Butler ... Butler!!!! - Dando uma pausa de 3 segundo entre cada vez que chamava, ele não previu que se desse certo, a chegada do elfo poderia ser ouvido na casa toda.

CRACK

             O elfo baixinho e de orelhas pontudas, de grandes proporções, olhava para ele por baixo de uma grande referência.

- Meu mestre, estávamos preocupados com a sua segurança. - O Elfo que tinha uma simpatia que lembrava a Draco o antigo elfo da família, Dobby, parecia aliviado em vê-lo.

A porta se escancarou de repente, fazendo o elfo se esconder atras de Draco Malfoy. 

- É assim que a gente descobre... tô vendo como você está disposto a me proteger, caso eu precise. - Draco falou para Butler com a voz carregada de ironia. O elfo de grande olhos verdes saiu de trás do rapaz e mirou a moça que estava na porta.

- Desculpe mademoiselle, eu costumo me assustar facilmente.

- Então é por isso que você não quis descer para jantar, você convocou um elfo para servir sua comida? Se não gostou da comida da minha mãe, podia ter dito. - Hermione falou com tom irritado, que não lembrava nem de longe a garota que batera na sua porta há uns 15 minutos.

- O senhor gostaria que eu trouxesse uma comida adequada, senhor? - O elfo falou de forma prestativa.

- Sim... - falou para o elfo e percebeu que poderia criar um mal entendido com Hermione - ... Não. - Falou olhando para ela.

Os lindos olhos amendoados e os grandes olhos verdes o miravam com curiosidade, esperando que ele explicasse melhor.

- Sim, eu adoraria uma refeição, Butler. Mas antes... - Ele fez um sinal com a mão para que o elfo aguardasse,  este assim o fez - Não, Granger, não foi por isso que eu chamei o Butler aqui. Ele tem acesso a uma coisa que eu preciso que está naquela casa.  

Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAOOnde histórias criam vida. Descubra agora