Draco Malfoy: Poção Polissuco | Dramione - REVISAO

Capítulo XXI - A Verdadeira Gabrielle P. Noir

"A verdade é uma coisa bela e terrível, e portanto deve ser tratada com grande cautela."

Alvo Dumbledore

          Gabrielle estava investigando ruínas de um casarão antigo. O lugar aparentava uma certa imponência, parecia que já fora luxuoso um dia. O teto era alto, e a escadaria de madeira maciça,  precisava de uma  limpeza pesada e um grande números de feitiços de "Reparo". Talvez uma dedetização de seres mágicos indesejados, como diabretes. Molly seria a pessoa certa para deixar aquela casa brilhando, de novo.

          Dumbledore tinha alguma suspeita sobre a antiga dona daquele casarão, mas não compartilhou com ela, qual seria. Só disse que a mulher fora assassinada e que Gabrielle investigasse. Por isso resolveu começar pela casa que a mulher viveu. De toda forma, por mais suja, maltratada e obscurecida que aquele casarão fosse, não parecia ter sido local de práticas de Magia das Trevas. 

           Sua última reunião com Dumbledore trouxe algumas suspeitas, Gabrielle não entendia de Magia Negra, mas não precisaria ser muito inteligente para saber que Voldemort havia recorrido àquele tipo de magia para permanecer imortal. Gabrielle tinha suas próprias razões para odiar o Bruxo das Trevas.

          O Diretor de Hogwarts lhe deu essa missão inesperada, que requereria os seus talentos de localizar pessoas. Uma habilidade da qual vinha se questionando nos últimos tempos, já que ela não estava sendo capaz de resolver seus próprios problemas. Mas ela também era uma excelente desfazedora de feitiços, embora ambicionasse ser Auror. Ela sabia que conseguiria desvendar aquele mistério, pelo menos.

         Noir andava pelos corredores, com a varinha empunhada iluminando o local, ouvia barulhos estranhos, melancólicos e fantasmagóricos, que faziam com que a garota desejasse ter feito sua expedição durante o dia, e de preferência tivesse recorrido a ajuda de Tonks, ou de Lupin, ou quem sabe dos dois.

          Ao pisar em uma madeira frágil, o barulho de rangido ressoou por toda a casa. Um vulto azulado saiu de dentro de um cômodo, atravessando Gabrielle, que caiu no chão assustada. Levando-a se questionar, pela milésima vez, por que estava fazendo o que fazia; Por que resolveu aproveitar que completara 17 anos, sua maioridade bruxa, para se candidatar a Ordem da Fênix? Depois que descobriu como Voldemort destruiu a sua vida, não poderia ser diferente. 

        No fundo sabia que seu pai não ia querer aquilo, ele não ia querer que ela buscasse vingança. Mas Gabrielle precisava fazer Voldemort pagar por tudo que fez. Ou pelo menos, vingar a parte que cabia a ela. Desde a morte do seu pai, havia muito rancor dentro dela. Uma garota que antes pensava apenas nos estudos, em ser a melhor atleta de quadribol e em quem seria o seu par ideal para o baile de formatura, foi obrigada a amadurecer em poucos meses,  o equivalente à anos.

        Sua mãe, a Sra. Noir, havia se sensibilizado pelo pai de Gabrielle, que queria se fazer presente na vida da garota, apesar de ter permanecido distante por mais da metade da vida dela. A mudança para Londres havia sido programada desde o ano anterior, quando seu pai lhe convidou para morar com ele. Obviamente que a família Noir não autorizaria algo do tipo, sua mãe a amava demais para se distanciar dela. E por amá-la demais, também decidiu que não poderia impor a menina distância do homem que ela sonhava em se aproximar.

            Foi depois de muita insistência, por parte dela, que seu pai lhe revelou porque a abandonou, mas ele nunca lhe contou a história toda. Era sempre pedaços de um quebra cabeça que ela tentava entender, o que só trazia mais amargura para o coração solitário da garota. Aquele verão reservava grandes surpresas, estava ansiosa para conhecer novas pessoas, fazer amizades, estreitar laços entre pai e filha. E tudo estava certo com relação a sua transferência para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde terminaria seus estudos mágicos.