Capítulo 7

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POV Autora (eu sei que eu sou… bonita e gostosa)

Elizabeth tremia como um bambu maduro assim que seu nome foi pronunciado pelos lábios ressecados de Dreyfus. Gowther se levantou logo que o professor anunciou a dupla e lançou um olhar de coragem pra Elizabeth. Bom… era isso ou um olhar de “Levanta dai logo se não eu te faleço”. Das duas, uma.

Após um esforço hercúleo, Elizabeth finalmente tirou coragem lá da fruta que caiu e foi até o palco do auditório. Bom… não sem antes tropeçar nos degraus e dar de cara no chão. 

—Você está bem? — Gowther perguntou se aproximando.

—N-N-Não sei se bem é a palavra certa — gaguejou se levantando com o rosto mais vermelho que uma chinelada furiosa. “Talvez humilhada, envergonhada e desprezada sejam expressões mais adequadas” a albina completou mentalmente. 

—Pff… — Ban mordeu o lábio inferior tentando não rir.

—Ban… — Arthur soltou uma risada — para de rir! — e foi assim que o auditório se transformou num picadeiro da felicidade. Todo mundo estava rindo da caída colossal de Elizabeth D'Leviih em uma escadinha de palco de auditório. 

Elizabeth queria cavar um buraco no chão e esconder o rosto. Maldita hora em que decidiu levantar da cama e ir na escola. Ou melhor, maldita a hora em que havia sido colocada nesse mundão sem lei. Juntando a pouca dignidade que sobrou, ela mordeu o lábio e forçou a lágrima pra dentro da casinha novamente. Sentia tanta vergonha que queria apenas sumir dali, o coração estava acelerado e parecia que ia saltar pela boca.

—Está tudo bem — Gowther pôs a mão no ombro dela e sorriu amigavelmente — temos que apresentar o trabalho. Não vai me deixar na mão, certo?

Gowther havia apelado para o lado responsável de Elizabeth. Como bom conhecedor da albina ele sabia que ela não voltaria atrás com sua palavra por uma questão de honra.

—Hm! — acenou confirmando e enxugando um princípio de dilúvio que ameaçava escorrer de seu olho azul exposto.

—Ado, ado, ado. Quem rir agora é viado — Gowther se pronunciou com toda seriedade do mundo na voz.

—HAHAHHAHAHHAHAHAHHA — King, lesado e atrasado como sempre continuou rindo como um desesperado. 

—Ok, cara. A gente te respeita — Ban deu um tapinha nas costas do colega — mas você ser viado não faz muita diferença. As meninas já não davam a mínima bola pra você mesmo — deu de ombros.

—Espera… que? — Harley bugou completamente. Por alguns segundos o auditório inteiro ficou em silêncio, até um grilinho cantando dava pra ouvir.

—Certo, eu e Elizabeth iremos apresentar um trabalho sobre Baltazar Nukke — disse passando slides para uma foto com apenas o rosto de um homem de cabelos negros e olhos caramelo — Baltazar foi o último pecado da Cabra da Luxúria e atualmente o cargo está aberto porque ele morreu — disse sem emoção na voz. 

—B-Baltazar Nukke-sama era o único homem de sua geração, portanto a família Nukke se restringiu aos seus herdeiros. Esse clã sempre teve um número reduzido de representantes, ao contrário de outras familias que originam pecados, como a Pendragon, por exemplo. As especialidades dos Nukke estão relacionadas às áreas da psicologia e estudo dos mistérios da mente humana…

—Fala mais alto — gritou uma voz do fundo do auditório e Elizabeth murchou mais uma vez.

—Hoje não é o meu dia… — murmurou baixinho.

—Continue — Gowther sussurrou pra que apenas ela escutasse.

—B-B-Bom… em função disso, os Nukke eram muito requisitados tanto para a família real quanto para os demais nobres dos pecados, que estavam em contato constante com os mais diversos tipos de problema como assassinatos e guerras. A algumas centenas de anos, os Nukke eram uma família grande e poderosa, porém seus representantes que não faziam parte da família principal começaram a usar as habilidades do clã para fins lucrativos como por exemplo, a hipnose. Muitos deles eram pagos por terceiros para hipnotizar pessoas para os mais diversos objetivos. Podiam fazer qualquer um facilmente assinar um contrato, mudar de ideia ou para os membros mais habilidosos: perder as memórias. Por causa desses acontecimentos, as habilidades passaram a ser ensinadas apenas aos herdeiros da família principal.

Minhas CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora