Capítulo 2

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~quebra tempo~

POV Ban
 

—Você ao menos se lembrou de comprar um presente? — King perguntou aos 45 do segundo tempo. As perguntas dele começavam a se tornar irritantes assim como tudo que ele faz.

—É óbvio que não — sorri balançando os ombros em descaso. Pra quê presente se o King já vai dar alguma coisa que vale o rim de nós três juntos? — o que você trouxe?

—Eu esqueci — sorriu sem graça. Ok, agora me decepcionou — capitão?

—Ao contrário de vocês, senhores… — fez uma pausa dramática — eu trouxe algo!

—Que seria?

—Eu mesmo! Ela pode me desembrulhar se quiser — Meliodas fez uma pose.

—Só se for na pancada — eu ri de desespero. 

—Na verdade, também trouxe um perfume Jekity — mostrou uma sacola cor de rosa — espero que ela goste, era o mais barato da revista — mostrou a língua de forma travessa.

—Você gastou sua mesada toda com bobagem outra vez, não foi? — Harley ergeu uma sobrancelha.

—Sou um homem de negócios —  disse cheio de razão.

—Meliodas, figurinhas de desenho animado e paçocas não são investimentos financeiros — King bateu a mão na testa.

—Detalhes, detalhes — deu de ombros — além do mais, eu tenho um presente e vocês não, bitches. O que tem a dizer em sua defesa, Ban?

—Sem mesada, capitão — levantei as mãos me rendendo. Meu velho cortou meu benefício desde que minha “amada” irmã do meio teve a brilhante ideia de estragar o microondas e dizer que a culpa foi minha. Segundo ela eu estava vendendo as peças pra comprar drogas e por isso ele não estava funcionando. Obviamente a história era pouco crível mas o gênio aqui cagou o batatal todo quando ficou fulo da vida com a causadora de contendenda e jogou nela o abajur. Fiquei sem mesada e todos viveram felizes para sempre.

—É mesmo. Tu tacou um abajur na Mei — Meliodas mordeu o lábio tentando segurar uma risada.

—Eu nem consegui acertar ela — cocei a nuca arrependido de não ter treinado mais a minha mira. Eu poderia estar preso neste momento mas em compensação teria livrado o mundo de uma praga se tivesse mirado certo — colega, seu presente é de nós dois agora.

—Hey! — Harle reclamou.

—Já pensou que vergonha para os King se você aparecer com um presente furreca desses? — argumentei. Nem a pau, Juvenal. O presente é meu e do Meliodas e é isso aí. 

—Olha como fala do…

—Shh! Cala a boca, Meliodas — continuei o discurso — pense na Elaine, baby King. 

—Só está tentando me convencer pra eu passar vergonha, não é? — perguntou desconfiado.

—Eeeu? Claro que não! Quando foi que eu fiz uma coisa dessas? — perguntei inocentemente.

—Ok, cabeção. O que sugere então? — ergueu uma sobrancelha em direção à minha pessoa.

—Volte para casa e chore no banho — ri.

—Não sei como pensei que você fosse dar uma sugestão inteligente — King revirou os olhos — que se dane. Vamos entrar nessa festa.

Você deve estar se perguntando: o que raios está acontecendo? Bom, digamos que hoje é a festa de aniversário da Guila e nenhum dos gênios aqui trouxe um presente decente pra dar pra ela. É isto. Mas pelo menos vamos passar vergonha na festa juntos, porque isso é o que fazemos de melhor. 

Minhas CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora