~quebra tempo~
POV Ban
—Você ao menos se lembrou de comprar um presente? — King perguntou aos 45 do segundo tempo. As perguntas dele começavam a se tornar irritantes assim como tudo que ele faz.
—É óbvio que não — sorri balançando os ombros em descaso. Pra quê presente se o King já vai dar alguma coisa que vale o rim de nós três juntos? — o que você trouxe?
—Eu esqueci — sorriu sem graça. Ok, agora me decepcionou — capitão?
—Ao contrário de vocês, senhores… — fez uma pausa dramática — eu trouxe algo!
—Que seria?
—Eu mesmo! Ela pode me desembrulhar se quiser — Meliodas fez uma pose.
—Só se for na pancada — eu ri de desespero.
—Na verdade, também trouxe um perfume Jekity — mostrou uma sacola cor de rosa — espero que ela goste, era o mais barato da revista — mostrou a língua de forma travessa.
—Você gastou sua mesada toda com bobagem outra vez, não foi? — Harley ergeu uma sobrancelha.
—Sou um homem de negócios — disse cheio de razão.
—Meliodas, figurinhas de desenho animado e paçocas não são investimentos financeiros — King bateu a mão na testa.
—Detalhes, detalhes — deu de ombros — além do mais, eu tenho um presente e vocês não, bitches. O que tem a dizer em sua defesa, Ban?
—Sem mesada, capitão — levantei as mãos me rendendo. Meu velho cortou meu benefício desde que minha “amada” irmã do meio teve a brilhante ideia de estragar o microondas e dizer que a culpa foi minha. Segundo ela eu estava vendendo as peças pra comprar drogas e por isso ele não estava funcionando. Obviamente a história era pouco crível mas o gênio aqui cagou o batatal todo quando ficou fulo da vida com a causadora de contendenda e jogou nela o abajur. Fiquei sem mesada e todos viveram felizes para sempre.
—É mesmo. Tu tacou um abajur na Mei — Meliodas mordeu o lábio tentando segurar uma risada.
—Eu nem consegui acertar ela — cocei a nuca arrependido de não ter treinado mais a minha mira. Eu poderia estar preso neste momento mas em compensação teria livrado o mundo de uma praga se tivesse mirado certo — colega, seu presente é de nós dois agora.
—Hey! — Harle reclamou.
—Já pensou que vergonha para os King se você aparecer com um presente furreca desses? — argumentei. Nem a pau, Juvenal. O presente é meu e do Meliodas e é isso aí.
—Olha como fala do…
—Shh! Cala a boca, Meliodas — continuei o discurso — pense na Elaine, baby King.
—Só está tentando me convencer pra eu passar vergonha, não é? — perguntou desconfiado.
—Eeeu? Claro que não! Quando foi que eu fiz uma coisa dessas? — perguntei inocentemente.
—Ok, cabeção. O que sugere então? — ergueu uma sobrancelha em direção à minha pessoa.
—Volte para casa e chore no banho — ri.
—Não sei como pensei que você fosse dar uma sugestão inteligente — King revirou os olhos — que se dane. Vamos entrar nessa festa.
Você deve estar se perguntando: o que raios está acontecendo? Bom, digamos que hoje é a festa de aniversário da Guila e nenhum dos gênios aqui trouxe um presente decente pra dar pra ela. É isto. Mas pelo menos vamos passar vergonha na festa juntos, porque isso é o que fazemos de melhor.
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Minhas Cicatrizes
Mistero / ThrillerHistória postada também no spirit! Lionessy é um país governado por um regime de monarquia com direito a nobres, princesas, uma côrte e a pleura toda. Não são raras as disputas pelo poder e os confrontos com Konoha, a nação vizinha. Em um lugar como...