King não conseguiu se acalmar depois de tudo o que havia dito pra Diane. Seu coração parecia pesar depois de dizer tudo e mais um pouco sobre o que ele vinha guardando a um bom bocado de tempo. Se sentiu aliviado ao colocar todas aquelas coisas pra fora, mas depois que passou o “calor do momento” havia diversas coisas de que se arrependia. Quem ele pensava que era pra falar daquele jeito com Diane? Ela não era obrigada a gostar dele, pra começo de conversa. Às vezes, King se pegava pensando se gostava de si mesmo, não seria de admirar que duvidasse que as pessoas ao seu redor o estimassem.
Harley passou a noite em claro sem conseguir parar de pensar no que tinha dito e tão logo o sol nasceu, ele se vestiu, fez um lanche rápido e saiu apressado para a casa de Diane. Torcia inconscientemtne pra que a mãe da garota não estivesse lá, estava morrendo de vergonha e seu pedido de desculpas seria ainda mais difícil se a mulher estivesse presente como plateia.
Para surpresa (e decepção) de King, quem abriu a porta da apertadissima residência Hebi foi a senhora de aparência bem cuidada que o recebera da última e única vez que esteve lá.
—Bom dia, senhora Hebi — ele cumprimentou um pouco encabulado — Diane…
—Ela está com você? — a mulher perguntou o segurando pelos ombros — você sabe onde ela foi?
—C-Como? — ele franziu as sobrancelhas, confuso.
—Aquele garoto a intimidou de novo? Alguém brigou com ela? Ela se perdeu? — a mulher continuava falando, mas parecia estar questionando mais a si mesma do que a pessoa que ainda segurava pelos ombros.
—Senhora Hebi, eu não estou entendendo. Cadê a Diane? Ela não voltou pra casa?
—Ela nunca fez isso antes… — engoliu um seco, desnorteada e ainda presa em seu próprio mundinho.
—E-Eu vou agora mesmo chamar a polícia — ele gaguejou começando a entrar em desespero. Onde Diane estaria? Será que era culpa dele ela ter desaparecido?
—Polícia não! — a mulher arregalou os olhos. King achou aquilo um tanto controverso, mas o tom dela era tão firme que ele não teve escolha a não ser escutar sua ordem — Oh! Diane… — murmurou e desmaiou ali mesmo.
Não era pra menos: Sussane Hebi estava exausta. A mulher havia trabalhado durante a noite e a madrugada inteira em um evento como garçonete. Além disso, seu rosto pálido e corpo extremamente magro evidenciavam cuidados negligentes com a própria saúde.
King carregou a senhora Hebi para dentro de casa e a deitou no sofá, fazendo uma série de primeiros socorros para garantir que ela não estava correndo perigo de vida. Após checar a temperatura e pulsação e ter certeza de que estava tudo bem, Harley pegou o celular e digitou o número da polícia. Sabia que aquilo era o certo a fazer, mas sentia como se fosse colocar a vida de Sussane em risco se fizesse tal coisa. O jeito como ela havia o encarado quando claramente ordenou que não chamasse a polícia parecia cheio de significado.
Com um suspiro ele limpou a tela e abriu o aplicativo de contatos.
—Ok… — suspirou sentindo seu coração acelerar — só algumas pessoas podem me ajudar agora.
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—Oh de casaaaaaaaaaaaaaa! — King ouviu um grito e deu um pulo do sofá. Do lado de fora, Meliodas, Ban e Arthur estavam esperando.
—Por que gritou, sua mula? — Ban deu um tapa na cabeleira loira de Meliodas.
—Nosfa, não precisava agredir — ele fez um biquinho.
—O que o Meliodas e o Ban estão fazendo aqui? — Harley perguntou enquanto abria o portão.
—Estávamos na casa do Ban quando você me ligou — Arthur explicou.
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Minhas Cicatrizes
Misteri / ThrillerHistória postada também no spirit! Lionessy é um país governado por um regime de monarquia com direito a nobres, princesas, uma côrte e a pleura toda. Não são raras as disputas pelo poder e os confrontos com Konoha, a nação vizinha. Em um lugar como...