Capítulo 36

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POV Autora (a dona do pote kkkkkkk)

Os preparativos para o festival estavam a todo vapor e os alunos estavam super engajados em suas tarefas. Harley havia passado boa parte dos últimos dias desenhando croquis e tirando medidas, sem poder dar muita atenção para Diane. Mas é claro que isso não a impedia de ficar zanzando pelo ateliê improvisado dos irmãos King pra assistir seu namorado costurando sob o pretexto de “ajudar”.

—Diane, se vai ficar aqui, ao menos fique em um lugar que eu não consiga te ver — Elaine murmurou nervosa — pare de ficar no meio do caminho!

—Haaaaaarle — Diane chamou manhosa — a Elaine tá brigando comigo.

—Pronto bebê — King beijou a testa dela passando levemente a mão por seus cabelos cacheados e a puxou pra se sentar ao lado dele.

 —Eu mereço — Ban revirou os olhos. 

—“Eu mereço” digo eu — Elaine resmungou pegando um papel — ela nem sequer anotou suas medidas. 

Teoricamente, Diane estava incumbida de tirar as medidas de seus colegas pra que Elaine e Harley confeccionassem as roupas, mas ela passava tanto tempo jogando charminho para o garoto King que sua função acabava em segundo plano. Bom, ela deveria era estar ajudando o grupo da decoração ou algo assim.

—Vamos ter que começar de novo — King falou e Ban soltou um grunido — paciência Ban! Ou você será um cozinheiro pelado. 

—Eu prefiro — resmungou. 

—Eu passo — Diane fez uma careta — ia ser uma visão do inferno — pelo canto dos olhos, Ban viu Elaine ficar levemente corada. 

—Você estava imaginando? — King parecia realmente incomodado. 

—Não — Diane fez um biquinho — nunca.

—Você não toma jeito — o moreno revirou os olhos e os dois começaram algum gênero de “briguinha de casal”.

Como alguém precisava fazer aquela – penosa – tarefa, Elaine pegou novamente a fita métrica e se aproximou do albino com certo receio. Antes de começar seu trabalho ela pôs os cabelos delicadamente atrás da orelha e ajeitou a armação dos óculos para que não ficassem caindo do rosto.

—Fique parado, ouviu bem? — disse imperiosamente para ele.

—Hm… desde quando você usa óculos? 

—Coloquei só agora — deu de ombros — são óculos especiais pra costurar. 

—Sério? Isso existe?

—Não! É um artefato místico ilusório que existe apenas na sua imaginação. Idiota — disse sarcástica. 

Ser sarcástica era a forma pessoal de Elaine de tentar deixar aquela situação um pouco menos constrangedora. Já era estranho o suficiente que ela tivesse que medir o corpo dele com uma fita métrica, precisava de uma forma eficaz pra fingir que estava no controle da situação. Ou pelo menos era isso que ela pensava.

Depois de medir a cintura de Ban com certa dificuldade para se concentrar no que estava fazendo e anotar a medida seguramente em um papel, era a vez dos ombros. Mas quem disse que ela conseguia alcançá-los? Depois de ver a garota muito se esforçar para alcançar os ombros dele sem em nenhum momento fazer menção de pedir ajuda, Ban se cansou daquele orgulho infantil e a colocou em cima da mesa mais próxima. 

—Prontinho — comentou insolente.

—Hei! — reclamou sentindo seu rosto esquentar.

—Não é minha culpa se você é um minion — deu de ombros.

Minhas CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora