Diane deveria ter dormido, sabia que deveria ter feito isso. Mas como dormir diante do que a esperava no dia seguinte? Arthur estava sendo extremamente gentil com ela e precisava admitir que ele era de fato o tipo de irmão que ela sempre quis ter em sua família, só não sabia disso até conhece-lo.
O ruivo dormiu na sala com ela para não deixa-la sozinha durante a noite e quando finalmente amanheceu, ele estava babando em um de seus ombros.
—Bom dia — ele soltou um enorme bocejo e esfregou os olhos — como você dormiu?
—Eu não dormi — ela fez uma careta — não com você dizendo “Merlin-san” a noite toda.
—Perdão — engoliu um seco, envergonhado.
—É brincadeira, Arthur — ela riu e se alongou — eu não consegui dormir porque estava muito nervosa sobre hoje — admitiu e a expressão dele se aliviou — mas que você chamou o nome da Merlin... ah! Isso você fez um montão de vezes — soltou uma risada bem humorada — com o que estava sonhando?
—Não queira saber — fez uma careta — foi assim, estávamos eu e ela andando de jet-ski, né? Daí a mão dela virou um dinossauro e a gente subiu numa gaivota pra chegar na lua. Tinha unicórnio guerreiro pra tudo que é lado fazendo o passinho do romano. Apareceu um ninho quadrado feito de paçoca por um total de zero motivações e nossos filhos estavam lá dentro gritando: “Vai dançando na boquinha da garrafa! Da garrafa! Da garrafa! Da garrafa!” eles eram... — pausou ao ver que Diane o encarava como se ele fosse muito estranho — amendoins gigantes.
—Amendoins gigantes?!? — repetiu com uma careta.
—Pois foi — disse orgulhosamente — eles puxaram esse meu formoso tipo encantador.
—Imagino.
Silêncio.
—Pff... — Diane tentou segurar uma risada, mas infelizmente ficou só na tentativa. Ela começou a rir como se esse fosse seu objetivo único da vida e ficou vermelha de tanto gargalhar.
—Do que está rindo? — Artur perguntou – vermelho, mas de vergonha.
Diane ainda ficou rindo por um bom tempo antes de finalmente recuperar parte de seu – pouco – autocontrole.
—Arthur, você é tão bonitinho — ela enxugou os olhos depois de chorar de tanto rir — só você pra me fazer dar risada num momento assim.
—Estão me chamando de bonitinho com uma frequência considerável ultimamente — apertou os olhos na direção dela — devo considerar isso um elogio?
—Talvez? — riu e ele fez uma careta.
—O que é tão engraçado?
—Amendoins gigantes, Arthur? Sério? — ela soltou uma nova gargalhada — mas acho bonitinho que você pense na Merlin mesmo quando está dormindo. Nem que seja pra transformar a mão dela em um dinossauro — mordeu o lábio inferior.
—Chata — mostrou a língua — até parece que não é assim que você pensa no King — comentou e a afirmação a pegou desprevenida — nós somos iguais, eu sei — riu — é o mau de todos os que carregam o nosso sobrenome.
—Pendragon deveria significar trouxa — ela riu.
—Falou, Diane Trouxa — ele debochou — antes de me ofender, lembre-se que esse sobrenome é seu agora também.
—Tinha esquecido disso — fez uma careta.
—Lembre-se de não fazer essas piadinhas de humor questionável em Camelot, sim? — ele sorriu e se levantou do sofá, fazendo um pequeno alongamento.
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Minhas Cicatrizes
Mystery / ThrillerHistória postada também no spirit! Lionessy é um país governado por um regime de monarquia com direito a nobres, princesas, uma côrte e a pleura toda. Não são raras as disputas pelo poder e os confrontos com Konoha, a nação vizinha. Em um lugar como...