Capítulo 11

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POV Autora (poderosaaaaaaaaaa, rainha do funk…)

Naquela fatídica tarde depois da escola, Ban tinha a difícil missão de levar sua irmãzinha para brincar no parquinho. Estava lá, pleno, sereno e estressado quando duas mãos cobriram seus olhos.

—Meliodas, para com essa viadagem — Ban disse mal humorado.

—Devo ficar ofendida? — uma voz feminina perguntou.

—Jericho? — ele deu um sorriso enorme — o que faz aqui?

—Estava indo visitar minha irmã quando passei aqui em frente e vi você sentado.

—Você não tem irmã, Jericho.

—Não importa — ela deu de ombros com o rosto vermelho como um tomate maduro e se sentou no banco ao lado dele — se divertindo?

—Ah, com certeza! De montão! — disse irônico — é sensacional contar quantas vezes Robbie desceu no escorregador.

—É… só que agora ela está na gangorra — Jericho riu.

—Niisan! Olha pra mim! — a garotinha gritou indo cada vez mais alto.

—Cuidado, Rob! Está indo muito alto, vai acabar se machucando! — gritou de volta.

—Sabe, íamos muito mais alto quando tínhamos a idade dela — a de cabelos lilases comentou — lembra?

—A gente não tinha muito juízo naquela época, Jerijeri.

—Você ainda não tem — ela riu e deu um peteleco na cabeça dele — Sabe… você era um saco quando éramos crianças. Inclusive ainda é, porém menos pior.

—Hei! Eu fico magoado — disse dramático — lembra do apelido que eu pus em você?

—Qual deles? — riu.

—O nosso apelido secreto, aquele que só eu te chamava — disse em tom nostálgico e apoiou as mãos no banco, jogando o peso pra trás — se lembra?

—L-Lembro… — ela desviou o olhar com as bochechas levemente coradas — Você me chamava de…

—Dinozinho — ele riu completando a frase.

—Porque na sua visão meu cabelo era “roxo” como o mascote dos Flinstones — Jericho soltou uma risada baixa — toda vez que você me chamava disso eu tentava te matar.

—Tem outro apelido que eu queria colocar em você mas nunca tive coragem — Ban começou a olhar pra cima, desviando o assunto.

—É mesmo? E qual é? — perguntou curiosa e depois de alguns segundos ele finalmente olhou pra ela, com um sorriso travesso nos lábios.

—“Minha” Dinozinho — acariciou levemente a bochecha dela com o polegar.

—Ah… — foi o único som que ela conseguiu emitir, sentindo o coração começar a acelerar como uma bateria de escola de samba e o mundo parar de girar ao seu redor.

—JeriJeri, você me conhece o suficiente pra saber que não sou o cara mais romântico e legal do planeta. Nós dois sabemos bem disso — sorriu — mas mesmo assim… acho que poderíamos dar certo juntos.

—O que quer diz…

—Quer namorar comigo? — a interrompeu.

—Eu tinha sonhado com uma mega declaração em praça pública com flores, carro de telemensagem e um barraquinha de cachorro-quente mas acho que assim foi bem melhor! É claro que eu aceito — ela deu um sorriso enorme e se jogou no pescoço dele.

Minhas CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora