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⋆ Carlos ⋆

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Carlos

Acordei com o sol invadindo meus olhos, me impossibilitando de enxergar por um breve momento. Quando me acostumei, com a claridade, vi que a enorme cortina do quarto estava aberta.

Então foi quando eu percebi que o corpo de Alissa estava praticamente sobre o meu e meus braços repousados em volta de sua cintura. Eu havia acordado vestindo nada, além de Alissa. Algumas lembranças de ontem a noite passaram pela minha cabeça, fazendo eu morder os lábios.

Ela ainda estava dormia tranquilamente, com apenas a costura para baixo coberta pelo lençol branco. Seus fios de cabelos castanhos, que com o sol ficavam um pouco dourados, estavam todos bagunçados; sua boca estava fechada e seus lábios carnudos pareciam formar um biquinho perfeito.

Queria eu acordar todos com dias com essa visão. Alissa é perfeita. Cada detalhe dela, seu narizinho arrebitado, seus cílios longos e volumosos, as pequenas sardinhas debaixo dos seus olhos, todas as pontinhas em sua pele; tudo fazia-a ser uma deusa.

As lembranças da noite anterior agora estavam cada vez mais nítidas em minha mente. Na realidade eu nunca achei que isso aconteceria, apesar de que sempre tive uma quedinha por Müller, ela sempre era tão séria e evitava falar comigo. É óbvio que eu sempre achei Alissa bonita e atraente, mas não tinha menor chance; eu "namorava" e ela nunca tinha me visto com esses olhos, não que eu sabia.

Por mais inusitado que seja, foi uma das minhas melhores noites. Eu senti uma conexão especial com ela, não apenas tesão ou luxúria; não foi apenas sexo, foi realmente um ato de amor, o encaixe perfeito. Ela é perfeita.

Então ela começou a abrir os olhos, ainda meio sonolenta os-fechou novamente e bocejou. Ela abriu os olhos novamente e, desta vez, consegui ver com clareza o castanho brilhante de seus olhos que eu tanto admirava.

Alissa sorriu para mim sem mostrar os dentes e se espreguiçou na cama. Novamente, queria eu acordar com esta visão todos os dias.

— Bom dia — ela disse se virando de lado enquanto se arrumava na cama e colocava suas mãos debaixo na cabeça, como se fosse um travesseiro.

— Bom dia, Alissa — então beijei sua testa — Dormiu bem? — perguntei e a mesma sorriu.

— Não dormia tão bem a semanas! — disse enquanto me olhava com aqueles olhos castanhos penetrantes. As vezes Alissa não parecia ser desse mundo.

— Por que esta me olhando desse jeito? — perguntou sem graça.

— Estou admirando sua beleza!

Coloquei uma mecha de seus cabelos, que tampavam seu rosto, atrás de sua orelha

— O que faremos, Carlos? — ela parecia preocupada e eu não estava entendo o porquê.

— Como assim? O que faremos com o que?

— Com nós — disse um pouco envergonhada, ela ficava linda assim — Isso não pode acontecer novamente.

O sorriso, que eu nem percebi que estava estampado em meu rosto desapareceu. Mas por que? Olhei para Alissa e nem ela parecia gostar da ideia.

— Mas... ninguém precisa ficar sabendo disso.

— E ninguém vai saber, Sainz. Mas não podemos continuar com isso.

— Mas por que não, Alissa?

— Porque não, Carlos! Eu não sei por mais quanto tempo eu estarei na McLaren, meu estágio está acabando. Você acabou de terminar um namoro, a mídia nem sabe direito — ela estava tentando inventar uma desculpa, eu sei disso, ela não tinha coragem de olhar nos meus olhos.

— Primeiro: ninguém precisa ficar sabendo; segundo: nós dois sabemos que você vai ser efetivada, Zak não é tonto de deixar escapar uma engenheira brilhante como você; e terceiro: a mídia que se foda!

— Emma não iria ficar nada feliz ouvindo você fale uma coisa dessas — ela queria tirar o foco da conversa.

— Alissa! — a chamei e então ela me olhou.

Seus olhos pareciam um caos, ela não queria fazer isso, mas estava fazendo. Ela estava confusa. Eu entendia todos esses sentimentos, eu também estava assim, estava me sentindo estranho, parecia que famosas borboletas estavam minha barriga, tudo isso por causa dela. Mas eu não entendia dela estar tentando ignorar esses sentimentos.

— Vamos fazer assim, Müller — disse acariciando seus cabelos — Vamos tentar fingir que nada disso aconteceu, caso acharmos que esse plano não dará certo, vemos o que faremos.

Eu tinha dito aquilo, mas na realidade eu não queria. Eu não precisa esperar, eu sabia que não conseguiria ficar mais sem a Alissa.

Eu não queria que ela aceitasse e que dissesse que era bruncadeira - uma brincadeira sem graça alguma - é que não iria fugir de tudo isso.  ela concordou com a cabeça. Mas ela não disse o que eu queria ouvir; apenas acenou a cabeça, concordando com aquele plano idiota.

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Nothing But You ⋆ Carlos Sainz Jr. Onde histórias criam vida. Descubra agora