Alissa Müller sempre foi apaixonada pelo automobilismo e na faculdade consegue um estágio em umas das equipes mais tradicionais da Fórmula 1, a McLaren.
Dentre todas as coisas que estava passando, a jovem jamais esperava que começaria a nutria algo...
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⋆ Alissa ⋆
Hockenheim | Alemanha
Eu me sentia mais leve e relaxada depois das minha sessões de terapia com a doutora Vanda, nesta semana que folga que tivemos. Aquilo sem dúvidas tinha sido terapêutico.
Eu e Carlos não havíamos conversado muito ao longo da semana, resolvi tirar esse tempo para passar com a minha família; ele entendeu e fez o mesmo. Na realidade, ele já estava cansado, faltava apenas dois Grandes Prêmios para todos terem a tão esperada férias do meio do ano.
— Sim Emma, eu já estou chegando no hotel — não pude evitar e acabei revirando os olhos.
"Você está atrasada, Alissa!"
Emma dizia do outro lado da linha, ela detestava atrasos. Eu também não gostava, mas não era culpa minha que meu voo havia se atrasado.
— Mil desculpas, mas eu não sou a filha do Zak Brown que tem direito ao jatinho particular!
Ouvi ela rir do outro lado da linha.
"Eu já te disse que tem um lugar sobrando para ser minha acompanhante, Alissa!"
— E você sabe que eu não gosto de ficar tirando proveito apenas porque sou sua amiga.
"Você não é apenas minha amiga, é a nova engenheira da equipe. Eu não aceito que você fique sofrendo por..."
— O uber acabou de estacionar na frente do hotel, vou desligar.
"Okay"
⋆
Entrei no hotel e minha amiga estava sentada em uma das poltronas no saguão e, conversava animadamente com alguns funcionários da McLaren enquanto me esperava. Havia muitas pessoas com a camisa da equipe no mesmo lugar, até parecia o próprio box em dia de corrida.
Emma me viu de longe, acenei para ela, que fez o mesmo e, terminou sua conversa com o pessoal, vindo até mim.
— Até que enfim, a atrasadinha chegou! — ela disse me abraçando.
— Já conversonas sobre isso, Brown!
— Eu sei, eu sei...
— Alissa! — ouvi uma voz familiar me chamando.
Olhei para trás e era Lando que caminhava até mim, acompanhado de sua típica garrafa. Se aquilo que tem dentro realmente for água esse garoto nunca terá problemas renais.
Meus olhos rapidamente se desviaram dele e foram parar num certo espanhol que estava ao seu lado, me olhando com aquele par de olhos negros intensos, que eu parei de pensar na semana passada. Senti minha respiração ficar pesada e meus olhos não conseguiam se desviar dele.
— Alissa... Terra chamando Alissa!
Enfim voltei ao mundo real, com Norris abanando seus braços na minha frente e, ele e minha melhor amiga tentando segurar a risada.
