Nothing But You ⋆ Carlos Sainz Jr.

twenty eight

⋆ Alissa ⋆

Alguns meses depois...

| Estados Unidos |

Era domingo, dia de corrida, e eu estava vomitando no banheiro do circuito enquanto Emma segurava meu cabelo.

Era a 3º vez que eu vomitava naquele dia, mas de acordo com a internet os enjoos eram normais nessas primeras semanas.

— Eu não acredito que você não contou para ele! — era a milésima vez do dia que ela dizia isso.

— Eu não podia, Emma! Não quero prejudicar o rendimento do Carlos por isso — disse enquanto me levantava e dava a descarga.

— Mas que merda, Alissa! Por que você acaba que atrapalharia o rendimento dele? E se melhorasse?

Ela só podia estar blefando. Falar para Carlos, horas antes da corrida, que tem um neném nosso na minha barriga? Não mesmo!

Ignorei a frase da minha amiga e fui até a pia lavar meu rosto e fazer um gargarejo. Uma coisa que não faltava mais na minha bolsa era um enxaguante bucal.

— E quando você vai falar? Carlos merece saber a verdade! — agora ela já estava brava.

Eu entendia o lado que ela ia chegar, mas eu tinha medo de qual podia ser a reação que meu namorado teria.

— Eu não sei — acabei suspirando — Eu quero contar, mas não sei quando será o melhor momento. Estou me sentindo mal por esconder este segredo dele... É como se eu tivesse com uma tonelada nas costas!

— Eu não quero ser intrometida, Ali, mas acho que quanto mais tempo passar, pior será... Esse bebê também é dele e Carlos tem o direito de saber

— Eu tenho direito de saber o que? — a voz do meu namorado soou do outro lado da porta

Merda, merda, merda! Será que ele tinha ouvido o "bebê" antes?

Olhei para minha melhor amiga, que estava com os olhos arregalados como os meus

— Porra! — Emma falou baixinho.

— Alissa, abre esta puerta, por favor! — o tom da sua voz era de irritado.

Só pelo fato de Carlos estar falando sua língua materna, eu sabia que ele não estava calmo.

Olhei para minha melhora amiga que tinha  olhar que dizes-se "Você não tem escolha". Eu realmente não tinha escolha.

Então eu fiz o que meu namorado praticamente ordenou, esperando que do nada, na minha cabeça, surgisse uma desculpa que colasse bem.

Quando meus olhos encontraram o par de olhos negros intensos, que pareciam estar num misto de confusão e preocupação, a minha frente, eu me senti péssima. Era como se a bile estivesse subido e eu só conseguia pensar o quão idiota eu estava sendo.

— Não era para você estar se preparando para a corrida? — disse, meio receosa.

— Era, mas eu vim te procurar. Fiquei preocupado e não conseguiria me concentrar sem saber como você está.

Legal, eu me sinto mais idiota ainda.

— Ela tá legal, cabrón! Não precisa se preocupar — Emma disse, percebendo o quão aflita eu estava.

— Eu preciso conversar com a Ali a dos Emma... Aliás, Zak está te chamando.

Ela assentiu com a cabeça, dizendo "Desculpa" com o olhar.

— Mí amor, você está legal? — assenti com a cabeça — Suas mãos estão tremendo!

Eu senti suas mãos envolverem as minhas e só aí percebi o quanto eu estava tremendo.