sixteen

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⋆ Alissa ⋆

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Alissa

O caminho todo até o circuito de Silverstone foi torturante. Fiquei uma hora dentro carro sem fazer contato visual com Carlos, que ficou no banco do passageiro, e Lando dirigia enquanto cantarolava uma música atrás da outra.

Eu estava sentada atrás de Lando e Emma atrás de Carlos, a loira ao meu lado provavelmente já tinha descoberto tudo e se segurava para não rir.

Quando coloquei meus pés no padoock minha ficha caiu: seria meu primeiro dia como engenheira automotiva.

Abrir um arreio percorrer minha espinha e minhas mãos começaram a suar. Começou a passar pela minha cabeça milhões de maneiras de dar tudo errada e eu ser demitida no meu primeiro dia de emprego.

Foi uma longa e cansada manhã. Eu tinha responsabilidades mais do que nunca. Mas fora tudo isso, eu estava amando meu emprego, isso é exatamente o que eu sempre quis.

— Alissa! — Zak havia me chamado — Sei que você não é mais estagiária, mas o Justin, o novo estagiário, ainda não terminou o que ele tem que fazer e é urgent...

— Só manda, Zak! — interrompi meu chefe, mas ele não pareceu desgostar. Aliás, Zak não parecia estar de bom humor mesmo.

— Por favor, vê se o Lando e o Carlos já estão na sala deles para começar a se prepararem e se precisam de algo.

— Sem problemas.

— E depois você está liberada para almoçar.

— Obrigada — disse gritando, pois já estava longe dele.

Primeiro fui na sala de Norris. Bati e depois de um tempo ouvi um "entre" do inglês, e então abri a porta.

— Precisa de alguma coisa, tampinha?

— Graças a Deus que é você, Alissa! — o inglês dizia enquanto se virou para pegar algo escondido atrás do seu armário.

— Aconteceu alguma coisa, Norris?

— Essa nova nutricionista doida! Ela cortou todo o meu açúcar! Você sabe que antes de todas as corridas ou treinos eu como chocolate!  Você não vai contar nada para ninguém, né?!

Lando acabou me fazendo rir. Ele é uma piada.

— Fique tranquilo, tampinha. Seu segredo está seguro comigo.

— Aliás. Por que você que está fazendo isso. Não é obrigação do novo estagiário?

— Zak me pediu para dar essa mãozinha porque o novato não conseguiu acabar seus afazeres importantes.

— Não, não preciso de mais nada, nova engenheira automotiva — o inglês piscou e voltou a fazer seus exercícios de preparo.

— Okay... — disse rindo — Até mais, pirralho!

— Até mais, peste!

— Olha a boca, Norris! Crianças não podem falar palavras de baixo calão igual a essa!

Antes que o inglês me xingasse de verdade, eu sai da sua sala e fechei a porta. Irritar Norris era um dos meus passatempos prediletos.

Então bati na porta ao lado que era a de seu companheiro de equipe. Depois de ouvir um "Pode entrar", eu abri a porta, entrei e fechei atrás de mim.

Carlos estava sentado na poltrona enquanto mexia no celular. Quando ele viu que era eu, deixou o celular de lado e se levantou.

— E aí, palerma? — o espanhol disse, de certa forma debochando de como eu havia o chamado de manhã.

— E aí, Carlito — disse tentando soar com um sotaque espanhol, mas não deu muito certo.

Sem dizer mais nada, o piloto andou até mim e me abraçou. Ficamos assim um bom tempo enquanto ele fazia cafuné no meu cabelo.

— Está melhor?

— Sim... só estou um pouco cansada. Ser engenheira automotiva não é nada fácil. Vocês dão muito trabalho! — reclamei e Carlos riu.

— E como está sendo o primeiro de trabalhado dia da melhor engenheira desse padoock?

— Assim você me deixa sem graça — disse levantando a cabeça e o olhando.

— Apenas disse a verdade, Müller — o piloto disse enquanto me olhava com cautela.

Vendo-o olhar daquele jeito, fez com que eu sentisse meu rosto queimar. Eu com certeza estava corando e aquilo fez com que Carlos sorrisse ainda mais.

— Você está me deixando sem jeito, Sainz.

— E você não respondeu minha pergunta senhorita engenheira.

O espanhol tentou fazer uma cara de bravo, mas ele não conseguiu, conseguia vez um sorriso se formando nos cantos de sua boca.

— Está meio cansativo — respondi sua pergunta — E você? Preparado para a classificatória hoje?

— Não estou tão confiante — ele disse enquanto apoiava seu queixo no topo da minha cabeça.

— Por que?

— Não sei — ele parecia estar incomodado.

— Isso ajuda? — disse e ele parou de fazer minha cabeça de apoio para me olhar.

Sem que ele pudesse dizer algo, eu segurei seu rosto e beijei seus lábios calmamente. Aquilo fez com que um frio percorresse por todo meu corpo. Beijar Carlos Sainz era coisa de outro mundo; me fazia sentir sensações únicas.

— Beijinho de boa sorte... — disse sorrindo — Zak me fez vir aqui perguntar se você precisava de algo, mas acho que depois disso, não. Estou certa?

— Você sempre está certa — ele disse selando nossos lábios rapidamente.

— Agora eu tenho ir... preciso ir encher o buchinho — disse me afastando dele e piscando.

— A gente se vê a noite, Müller!

Nothing But You ⋆ Carlos Sainz Jr. Onde histórias criam vida. Descubra agora