Alissa Müller sempre foi apaixonada pelo automobilismo e na faculdade consegue um estágio em umas das equipes mais tradicionais da Fórmula 1, a McLaren.
Dentre todas as coisas que estava passando, a jovem jamais esperava que começaria a nutria algo...
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⋆ Alissa ⋆
Acordei devagar com algum barulho. Coloquei a mão do lado da cama e percebi que Carlos não estava mais.
— Não queria ter te acordado — seu sotaque espanhol saiu como um sussurro.
— Que horas são? — minha voz estava sonolenta.
— 7 horas.
Depois de espreguiçar, enfim consegui abrir os olhos e ver o piloto parado na minha frente enquanto abotoava sua camisa.
— Você já vai? — perguntei e ele apenas assentiu com a cabeça — Por que? — diz um biquinho para baixo.
— Eu corro e treino toda manhã antes das corridas. E o circuito fica a uma hora daqui, tenho que começar a rotina mais cedo que o normal — sua voz saiu calma e ainda um pouco sonolenta — Eu ia te mandar uma mensagem avisando meu desaparecimento.
Carlos se aproximou até mim e deu um beijo na minha testa, me fazendo sorrir.
— Bom dia, Sainz — minha voz saiu com pouco sonolenta.
— Bom dia, princesa — como sempre, a última palavra ele disse e espanhol, com seu sotaque mais que evidente, me fazendo arrepiar. Eu gostava quando ele fazia aquilo.
Então com um último olhar, o piloto foi embora.
Percebi como era bom mostrar todos aqueles sentimentos que eu guardava, meu coração parecia estar quentinho.
De madrugada, depois de darmos o beijo na varanda, entramos para quarto e ficamos conversando. Nós dois queríamos que desse certo, então decidimos que por enquanto não contaríamos para ninguém, nem para Emma e Lando; e iríamos com calma, afinal, um relacionamento bom não cai do céu, é uma construção que exige uma base sólida.
Eu pedi para Carlos dormir comigo, eu ainda estava um pouco com choque com a crise de pânico, não que eu nunca tivesse tido, mas sempre era ruim e eu nunca iria me acostumar com aquilo. Não rolou nada, exceto o beijo na varanda.
Em pouco tempo, eu percebi que Carlos me fazia bem. As duas noites que dormimos juntos, eu dormi bem e nem tive pesadelos.
É claro que eu estava preocupada e com medo de o que iríamos começar não dar certo, mas algo lá no fundo, dizia para eu continuar, e eu queria continuar. As vezes temos que deixar essa "voz" negativa do lado e nos arriscar; e com Carlos eu queria arriscar tudo.
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Emma entrou no meu quarto e deitou para trás, na cama, jogando todo seu peso. Eu estava acabando de amarrar meu cabelo em um rabo alto.
