Alissa Müller sempre foi apaixonada pelo automobilismo e na faculdade consegue um estágio em umas das equipes mais tradicionais da Fórmula 1, a McLaren.
Dentre todas as coisas que estava passando, a jovem jamais esperava que começaria a nutria algo...
A partir da sua desistência no GP na Bélgica as coisas não melhoraram muito para Carlos no campeonato. Algo estava de errado com o seu carro, que também o fez abandonar em Monza. Depois de todo o trabalho duro com a ajuda de toda a aquipe, conseguimos descobrir o que estava acontecendo e agora, meu namorado estava voando nas pistas, conseguindo resultados como P5 e P6.
Nosso relacionamento estava cada vez melhor. Nas semanas de folga sempre reversávamos onde íamos ficar. As vezes ficávamos no seu apartamento em Surrey e íamos algumas vezes na casa de meus pais; já outras ia-mos visitar sua família na Espanha.
Meus pais adoravam Carlos e apoiavam nossa relação. Já os pais de Carlos, mesmo com pouco contato, me tratavam como uma filha e toda vez nos perguntávamos quando iríamos nos casar. Suas irmãs, Ana e Blanca, também sempre foram muito carismáticas e falavam que eu sou areia demais para o caminhãozinho do meu namorado, embora eu sempre discordar.
Ao decorrer do tempo, minha vida estava se encaixando nos eixos. Eu finalmente tinha a sensação que tudo estava ao meu favor, exceto por...
— Caralho, Alissa! Sai desse banheiro agora! — Emma gritava do outro lado da porta.
Fechei os olhos, respirando fundo. Aquilo não podia estar acontecendo... De todas as coisas que podiam acontecer, eu jamais achei que isso poderia estar acontecendo justo agora.
Arrumei uma coragem enorme e finalmente dei a descarga no vaso, me levantei do chão e abri a porta. Eu esperava ver minha melhor amiga extremamente brava do outro lado da porta, mas quando dei de cara com o semblante preocupado da figura loira a minha frente, desabei em lágrimas aos seus braços.
— É o que eu estou pensando, né?! — sua voz era calma e me acalmava.
Eu sentia meu coração bater forte no meu peito e as lágrimas quentes escorrerem por todo meu rosto.
— Eu não sei... — disse, fechando os olhos, sentindo suas mãos acariciarem meu cabelo.
— Não se preocupe antes da hora. Se você quiser podemos pegar um Uber e ir para o hotel. Seus compromissos basicamente se encerraram, certo?
Assenti com a cabeça.
— Vou mandar uma mensagem para meu pai e no caminho, passamos na farmácia mas eu desço. Não quero você na capa da próxima revista de fofoca por comprar um teste de gravidez.
— Já disse que você é a melhor amiga de todas? — disse, um pouco fanha.
— Não... Aliás, vocês deveriam me dizer isso mais vezes...
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— E aí? — ela perguntava do outro lado da porta.
— Não sei, eu não vi ainda — disse, batendo os pés no chão enquanto estava sentada no vaso, já vestida.
Meu coração parecia que sairia pela boca. O resultado seria algo importante que eu levaria para o resto da minha vida.
— Quer que eu veja por você?
Eu queria dizer que sim, mas eu não podia. Eu tinha que encarar isso.
— Não precisa, eu vou olhar...
Fechei os olhos por um segundo e respirei fundo. Eu precisa de respostas.
Quando peguei o objeto azulado e me deparei com as duas linhas e "5 semanas" representadas nele, de imediato uma felicidade enorme preencheu meu corpo e era inevitável não ter um sorriso em meu rosto.
— Eu... eu estou grávida! — eu sentia lágrimas de alegria descerem pelo meu rosto.
A porta rapidamente se abriu e fui envolvida pelos braços de Emma
— Aí meu Deus! Parabéns, Ali! Quanto tempo?
— 5 semanas — disse entre lágrimas.
Emma ficou me abraçando por um tempo em silêncio, provavelmente pensativa, enquanto eu absorvia tudo aquilo.
Eu... eu estou grávida!
Tem um serzinho dentro da minha barriga!
O meu filho ou filha!
— Hum... Pelo jeito Singapura foi bem agitado? — ela disse, erguendo as sobrancelhas.
— Emma! — a repreendi
Eu não tinha pensando naquilo ainda. Foi bem no final de semana em Singapura, onde Carlos e eu fizemos aquele quarto de hotel pega fogo a noite inteira. Foi uma noite mágica!
Foi então, que o choque de realidade caiu sobre mim. Após sair de toda essa Utopia, foi como se uma bala me acertasse em cheio.
O que Carlos pensaria?
Eu não posso negar que sempre sonhei em ser mãe, mas não agora, não nessas circunstâncias! Carlos é apenas meu namorado e céus... E se ele começar a me odiar por isso? Se ele não aceitar o bebê?
— Emma... nã...não pode ser!
— O que? Ali, já são os hormônios da gravidez? — neguei com a cabeça — O que está acontecendo? Isso não são mais lágrimas de felicidade!
— Carlos... Ele... Ele vai me odiar por isso! E se ele odiar o bebê?
Eu não conseguia evitar que mais lágrimas descessem e se espalhassem por todo meu rosto que pareciam queimar minha pele. Meu coração parecia que ia sair pela boca.
— Olhe para mim! — ela segurou meu rosto, me fazendo fazer o que ela pediu — Carlos te ama e com certeza vai amar esse bebê!
— E se ele não amar? E se ele não aceitar?
— Ele vai, eu tenho certeza — A olhei, querendo dizer que não foi essa pergunta e Emma suspirou — Você é minha melhor amiga e eu sempre estarei do seu lado.
— Obrigada, Em! — acabei sorrindo.
Ela sorriu sem mostrar os dentes, enquanto limpava as lágrimas na minha bochecha.
— E se ele fizer isso, eu com certeza vou chutar a bunda desse cabrón estúpido!
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Eita que veio aí... Seria um especial de Dia das Mães atrasado para essa nossa nova mamãe?
Duvido que ninguém esperava por essa... Confesso que nem eu mesma esperava, mas rolou kkkkkk
O clubinho para abrir os olhos da Alissa para ela parar de se preocupar com tudo já está aberto. Quem está dentro também?
