22| Uma decisão certa a se tomar

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||Maria Eduarda||

19h21 da noite...

Ficamos em silêncio desde do momento em que entramos no carro, para ir cumprir o nosso turno. No fundo, eu realmente queria saber mais dessa história, só não sabia se iria perguntar e me arriscar a saber mais coisas sobre o assunto, com medo de me machucar mais ainda.

Até que eu não me aguentei de tanta agonia por não saber muito sobre aquilo, e resolvi perguntar.

-Então.-limpei a garganta com o intuito do meu mesmo me olhar. -Você vai mesmo mudar de cidade?.-perguntei fazendo o mesmo suspirar.

-Acho que sim, não tenho muito o que pensar. Não tenho parente nem amigos por aqui, nada que possa me prender aqui em Seul, está aqui. Minha família, amigos...tudo moram em outra cidade.-disse me fazendo sentir um nó na garganta, que me impedia de falar qualquer palavra sequer ao ouvir aquilo.

Como imaginei, eu realmente não sou absolutamente nada para ele. O que significa que a minha presença ou ausência para ele, é completamente insignificante.

E o pior é que eu nem sei por que estou me sentindo mal por isso, eu já imaginava que era alguém de completa inutilidade para ele, alguém que apenas está de passagem em sua vida.

-O que fez você querer mudar de cidade?.-perguntei depois de alguns minutos em silêncio, deixando que a minha curiosidade deixasse falar. Ainda que as respostas para as minhas perguntas, fossem me machucar profundamente.

-Dificuldade para me adaptar no emprego.-disse dando uma risada logo depois. -No final você estava certa, ser policial não é a profissão certa para mim. Finalmente encontrei algo que me faça bem, e que eu saiba fazer com excelência!.-sorriu me olhando, que forcei um sorriso para o mesmo. -Obrigada por ter feito eu me questionar sobre os meus gostos, e até mesmo da profissão que exerço. Eu realmente não nasci para ser policial.-sorriu me fazendo voltar a minha atenção para a rua, vendo que já estávamos chegando no lugar onde ficamos de vigia.

-Então você vai mudar de cidade, para seguir uma outra carreira profissional?.-perguntei vendo o mesmo assentir, enquanto eu estacionava o carro ao lado da calçada que ficávamos sempre. -E eu posso saber o que seria essa profissão?.-perguntei curiosa vendo o mesmo rir.

-Vou voltar a fazer algo que eu gosto muito; desenhar!.-sorriu feliz feito uma criança, me fazendo ficar feliz por ele estar bem, feliz e animado.

Acho que independente das circunstâncias, amar é isso né? É saber que o outro não estará junto de você, mas estará feliz, e a felicidade da pessoa é o que importa. O seu amor será muito válido para ela, mas o amor e a felicidade que ele sentir pela a vida, será maior do que qualquer coisa.

Após isso ficamos nos distraindo e conversando coisas aleatórias um para o outro, e passamos uma noite bem feliz até. Mas quando eu cheguei em casa, sem ele e percebendo que era assim que viveria a partir de alguns dias, fiquei triste novamente por mim.

Estava feliz, muito feliz pela a felicidade dele. Mas se dissesse que aceitei numa boa, o fato dele ter que ir embora e eu ficar sem o mesmo, eu estaria mentindo.

Saí da garagem de casa e entrei na mesma, vendo as minhas amigas na sala assistindo a algum tipo de novela e rindo horrores. Até que viram que eu cheguei, e desligaram a televisão para prestarem atenção em mim.

O Acaso Perfeito | Kim NamJoon Onde histórias criam vida. Descubra agora