Quinto Capítulo

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Um pouco atrasada, mas chegouuu
Boa Leitura ^^

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Por volta das dez da noite, "Jade" pisava na entrada da Lemniscata com seu salto agulha que esmagava os dedinhos de Gizelly. Alguém a esperava. Quando Gizelly atravessou a rua sentiu seu rosto ser tingido de vermelho, a mulher quase lhe comeu com os olhos.

- Oi, Ivy.

- Oi gata, vamos? Já coloquei a outra lá dentro...

Gizelly parou de caminhar.

- Como? Quem você colocou lá dentro?

- A loira que parece que engoliu um dicionário todo. – Ivy esclareceu. – Ela chegou quase agora. Vamos entrar?

Gizelly não estava acreditando no que estava acontecendo. Marcela simplesmente tinha desobedecido suas ordens. Depois ela que era a cabeça dura. Trabalhava há tanto tempo sem parceiro, já estava acostumada e se sentia até melhor, não tinha que se esquentar em cuidar do outro. Thelma e Babu sabiam se cuidar, muito diferente de Marcela que era uma ingênua. Ao chegar a metade do salão sentiu seu corpo inteiro fervilhar de raiva com a cena que acabava de ver: Marcela estava sentada nas pernas de um velho gordo e careca, dono de uma transportadora de grande porte. O velho ainda teve a coragem de enfiar uma nota de cem reais entre os seios de Marcela. Gizelly sentiu sua cabeça quase explodir quando a doutora se levantou.

Ela usava um vestido preto tubinho que batia na metade de sua coxas. Botas com salto que a deixava mais alta, mas o que mais chamava atenção era o decote do vestido, meio transparente, deixava todo o colo exposto. Marcela caminhava em sua direção. Gizelly abriu um sorriso irônico esperando pelo cumprimento, mas Marcela simplesmente fingiu que não a conhecia e passou reto para o bar. Gizelly só faltava espumar pela boca. Quando Marcela passou de volta com a bebida, não perdeu tempo e a arrastou para um lugar onde os casais se encontravam e poderiam conversar mais tranquilamente.

- Me solte!

- O que esta fazendo aqui? Não entendeu minhas ordens?

- Não sou sua funcionária, sou sua colega de trabalho! – Marcela grunhiu com raiva. - Não devo obedecer a suas ordens.

- O que você tem pra fazer aqui?

- Vim para o encontro com Ivy. – Marcela ironizou. – Atrás de pistas também, o que você acha? Não é só você que quer pegar o assassino.

- Como você é teimosa... Mas quer saber?  Não vou ficar cuidando de ninguém. Você é adulta que se vire sozinha!

- E eu pedi para alguém cuidar de mim, detetive? – Gizelly ficou sem resposta. – Com licença...

Dividiram-se pegando rumos opostos. A estratégia das duas eram a mesma, conversavam com homens e funcionários da casa a procura de alguma pista nova. Por volta das duas da manhã, Gizelly sentiu vontade de ir ao banheiro jogar um pouco da bebida fora. Do outro lado, Marcela arrumava um jeito de se livrar de mais um possıv́el cliente. Quando estava sozinha, Ivy aproveitava para tentar alguma coisa e Marcela sempre arrumava um jeito de escapar. Quando viu que já não tinha mais desculpas e Ivy já atravessava o salão para vir até ela, Marcela correu até um dos “camarins” da casa. Ao entrar no quarto, um sujeito baixinho e magrinho veio em cima dela.

- Menina, que bom que você apareceu estávamos te procurando, o número já vai começar. – Marcela respirou aliviada.Felizmente não era mais um homem tentando importuná-la. E pelos trejeitos e roupas do rapaz, Babu ou Lefeirt eram bem mais o seu tipo do que ela. - Coloque a venda nos olhos dela.

Perícia do Amor - GicelaOnde histórias criam vida. Descubra agora