Nono Capítulo

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Olaaa. Mais um capítulo para vocês!
Aproveitem a leitura e cliquem na estrelinha, por favor, isso ajuda bastante ^^

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Gizelly fechou os olhos ainda pasma com o tudo e tentou se lembrar de alguma coisa. Recordou do seu time ganhando, da festa que fez em comemoração e das garrafas de vodca e cachaça que tinha bebido. Tudo que veio antes de tomar o primeiro gole da cachaça, da vodca ou de ter misturado as duas, Gizelly conseguia se lembrar muito bem, mas depois que começou a beber algo que não fosse cerveja as lembranças iam desaparecendo e tudo não passava de um tremendo branco.

- Maldita cachaça! – Resmungou. – Maldita memória de bebum!

Como podia ter passado a noite com Marcela e não recordar? Como, Gizelly Bichalho? – A detetive se perguntava.

Teve aquele corpo só para ela a noite inteira e a única coisa que lembrava era que acordaram de conchinha, enroladas na bandeira do Palmeiras. Nuas. Aliás, nuas não, uma carregava um par de brincos e a outra um relógio. Quem precisava mais que isso para viver? Fechou os olhos mais uma vez e novamente nada. Não conseguia se lembrar de nada que aconteceu naquela noite. Era o pior de todos os pesadelos. O que a perturbava de verdade é que teve Marcela só para ela e não conseguia lembrar e se sentia péssima. O correto não seria ela, Gizelly, achar tudo completamente inapropriado e querer simplesmente esquecer o que aconteceu? Então para que se lamentar sua ausência de lembranças?

Muito confusa,  Gizelly balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos e logo se arrependeu, parecia que tinham balançado São Paulo inteira. Efeitos de sua noite de gandaia. Por que se importava tanto em querer lembrar-se de sua noite com Marcela? Era melhor deixar no apagão, ajudaria a lidar melhor com a situação inusitada.

- Quem você está querendo enganar, Gizelly? – Perguntou para si mesmo.- Tudo que você mais quer e que sua memória volte e você lembre de cada pedacinho dessa noite.

Claro que não ia conseguir lidar com situação nenhuma enquanto não tivesse a confirmação da boca de Marcela que elas tinham realmente ficado. Começou a torcer para que tudo não passasse de um mal entendido e que sua dedução estivesse completamente errada. Talvez não tivesse acontecido nada e elas só adormeceram. Era comum acontecer isso com amigas, dormirem de conchinha, peladas, em comemoração a vitória de seu time. Deu um meio sorriso debochado. “Principalmente amigas que protagonizam contos eróticos lésbicos, para de se fazer de boba”, Gizelly dizia a si mesmo.

Droga, já tinha dormido na mesma cama que Marcela algumas vezes, mas sempre vestidas. Por que agora estavam nuas? Não podiam adormecer de roupas? Ou pelo menos uma na sala e uma no quarto sem troca de beijinhos de pescoço e sem dormir de conchinha? Era bom que Marcela lembrasse-se de algo, senão ela ia acabar enlouquecendo. Ouviu o chuveiro desligar e Marcela saindo de lá vestida em um roupão. Lindo por sinal, escuro, fininho, Marcela ainda estava molhada do banho e o roupão grudava em sua pele. Gizelly mordeu os lábios, um tanto tentada em fazer um “replay” da noite anterior. Respirou fundo e a seguiu até a cozinha. Seria a hora da verdade.

- Marcela?

- Crepioca para o café da manhã? – Marcela perguntou esboçando um imenso sorriso. Era impressão dela ou a doutora estava mais alegre que o comum nessa manhã? – Gi?

- Ma, sobre ontem a noite... Eu acho que...

- Gizelly, que tal um banho? – A loirinha interrompeu a detetive. – Vou preparar nosso café da manhã. – Em um tom mais gentil que o comum perguntou. - Você prefere um ovinho mole ou crepioca?

Perícia do Amor - GicelaOnde histórias criam vida. Descubra agora