Vigésimo Capítulo

455 46 43
                                    


Tem alguém aí? 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


- Manu, acorda!


- Ah não, Mari... - Manu murmurou sem abrir os olhos. - Eu te amo, sou louca por você, mas me deixa dormir! Tô um caco...

- Manu...

- Nem que você fale que a Dua Lipa esteja, em pessoa, na nossa sala eu levanto dessa cama...

- Tá bom! - Gizelly disse. - Eu ia te falar da minha conversa com a Marcela, eu falei tudo pra ela, mas deixa pra lá, eu vou procurar a Bia...

- Se você sair desse quarto sem contar tudo que aconteceu, Gizelly Bicalho Gavassi, você é uma mulher morta e nunca mais vai ver o seu sobrinho! - Manu foi tão rápida em se levantar e se colocar em frente a Gizelly, impedindo sua saída, que Gizelly se perguntou se a irmã tinha o poder de se materializar em ambientes. - Pode sentando essa bunda na minha cama e contado tudo! - Gizelly tentava entender e Manu se explicou. - Sim, eu sou muito veloz porque eu moro com um menino de quatro anos e a Mari, vivo correndo para impedir que merdas aconteçam!


Gizelly deu um risada.



- Nossa Senhora da Fofoca... Você tá me saindo uma fifi de primeira! - Gizely se sentou. - Eu nem sei por onde começar...

- Pelo começo, Gi... Como é que foi?


"Com emoção", Gizelly respondeu mentalmente. De fato havia sido. Já estava sentindo muito mexida com tudo, o vinho no tapete com Manu e a conversa com Tintim mexeram bastante com seu psicológico. Quando deu por si, estava diante de Marcela, seus lábios colados aos da doutora em um beijo que falava mais do que qualquer palavra. Marcela demorou a entender o que acontecia, mas quando reagiu, mostrou a Gizelly que sua boca tinha uma função bem mais agradável do que recitar um dicionário completo para explicar algo simples. O beijo da doutora era forte, passional, fervoroso. Quando foram brigadas a se afastarem, ambas estavam sem ar. Gizelly sorria como se fosse a primeira vez que tivesse visto Marcela e a doutora parecia estar em choque.


- Gizelly, pelo aor de Deus, fala alguma coisa! - Manu implorou. - O que está acontecendo? Vocês brigara, vocês...

- Beijei ela... - Gizelly disse a irmã. Ainda estava meio se acreditar e suas palavras. Eu beijei a Marcela e foi... Cara!


- Me conta, Titchela! Que inferno!


- Eu vou contar tudo!



Passados alguns segundos do beijo, Gizelly acreditou que Marcela havia odiado, que ia expulsá-la de sua casa ou algo do tipo. "Ela é hetero", foi a primeira coisa que pensou. Logo em seguida, quando Marcela se aproximou e a beijou de volta com o mesmo fervor se desfez da ideia. Marcela tomou a condução do beijou para si, seus dedos apertavam a nuca de Gizelly, quando o ar se fez ausente, Gizelly desceu com beijos por seu pescoço alvo. Em passos confusos, entraram na sala da casa de Marcela. A médica jogou Gizelly violentamente contra a parede e passou a chupar sua língua. De longe ouviram o telefone tocar. Era o celular de Gizelly. A policial não queria parar o que estavam fazendo, mas Marcela insistiu e Gizelly foi conferir o que era.

Perícia do Amor - GicelaOnde histórias criam vida. Descubra agora