CORRE QUE A CORNA TÁ PUTA
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Marcela encarou as duas e se levantou da mesa.
- Beberam ontem à noite, não é? – Bianca abriu a boca ainda sem entender. Marcela olhou para Gizelly. – E ainda teve coragem de me acusar por causa de um beijo no rosto do paspalho Daniel?! – Fez um gesto negativo. – Eu perguntei se tinha mais alguém com você e Fred e você mentiu com a cara mais deslavada...
- Marcela se acalme... – Gizelly pediu arrependida. – Deixe eu explicar o que aconteceu.
- Eu não quero me acalmar...
- Marcela, não foi nada demais – Bianca disse em um tom sincero. – Só foi uma noite entre amigos, não teve nada demais.
- Não teve nada demais porque não foi você que ficou esperando alguém que não apareceu e nem deu satisfações. Não foi você que não dormiu a noite, preocupada se fez alguma coisa errado, se falou que não devia ou com medo de que tenha acontecido alguma coisa. Não foi você que foi acusada de estar se agarrando com o perfeito idiota do Daniel quando a todo momento tentava se desvencilhar dele e, principalmente, não foi você que teve que ouvir mentiras depois de tudo isso, Bia. – Marcela retirou algumas notas da carteira e deixou sobre a mesa. – Minha parte do café...
A cena que se seguiu foi muito rápida, Marcela tomou o rumo da saída e Gizelly foi atrás, não pensava que ela fosse capaz de acelerar tanto o passo a ponto de ser obrigada a correr. Apenas alcançou Marcela quando ela chegou ao outro lado da rua para pegar seu carro.
- Marcela, espere! Você precisa me ouvir...
- Eu não preciso de nada mais que pegar o meu carro e voltar para o meu trabalho e... – Gizelly puxou seu braço. – Me solta!
- Me ouve, Marcela!
- Me solta! – Marcela ordenou. Gizelly soltou seu braço. - Tudo bem. Quantas mentiras mais você vai me contar?
- Marcela, eu não menti. – Marcela ameaçou abrir a porta do carro. Gizelly colocou a mão na porta. – Por favor, me escute.
- Estou ouvindo.
- Eu sabia que você ia reagir desse jeito se eu dissesse que estava bebendo com a Bia, porque sei que você não gosta dela.
- Eu nunca disse que não gosto dela. Eu disse que tenho sentimentos...
- Mesquinhos involuntários. – Gizelly completou. – Eu sei, eu sei. Não queria te aborrecer.
- Eu passei a noite em claro pensando que tinha acontecido alguma coisa com você, estava a ponto de chamar a polícia. Você é uma detetive visada por bandidos, eu fiquei preocupada de verdade, Gizelly.
- Eu sei, me desculpa, não fui uma boa amiga.
- É assim sempre que Bianca está na cidade.
- Não é verdade, Marcela.
- Claro que é, Gizelly. – Cruzou os braços. - Você passa mais tempo com ela do que comigo e ainda mente dizendo que não está com ela, quando na verdade você passou a noite bebendo com ela.
- Aconteceu... Eu não planejei passar a noite bebendo com ela e o Fred, eu queria passar minha noite com você.
- E por que não passou? Nunca nenhum homem que entrou na minha vida fez com que você recuasse e fugisse. Por que essa mudança agora?
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Perícia do Amor - Gicela
RandomGizelly Bicalho, 27 anos, é uma competente e mal humorada investigadora que trabalha na divisão de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo. Sua única família é sua irmã caçula, Manoela. Gizelly e sua equipe estão sendo pressionados pelo governo e i...