surviving

capítulo 3

Eles correram bastante, até tomarem uma distancia considerável do caminhantes logo atrás deles. Diminuindo os passos e analisando o lugar que estavam, foi quando Daryl percebeu que segurava a mão da garota, que agora ela nem parecia se importar.

Daryl soltou a mão dela e andou mais na frente, evitando olhar ela e aumentar seu constrangimento.

Beth observou Daryl mais na frente e teve que admitir que o calor da sua mão fez uma falta, mas ela acordou para o momento quando escutou os grunhido logo atrás dela.

Eles saíram de dentro da mata e uma estrada logo na frente, com um carro no estado deplorável.

Beth se aproximou do carro e tentou ligar

não custava tentar, ela pensou.

mas o carro não pegou. Beth suspirou sentindo o desespero batendo, foi quando Daryl percebeu que eles não teriam saída ou passariam a noite inteira correndo desses caminhantes, e isso era algo que não podiam fazer, não no estado que estavam.

Daryl teve que ser rápido e pensar em um escape, foi quando ele abriu o porta malas do carro e indicou para que Beth entrasse, que rapidamente fez, ele entrou logo em seguida e fez um esforço para retirar a bandana do bolso e colocar na fechadura.

Como se fosse tudo calculado, só bastou Daryl fechar o porta mala, que apareceu os caminhantes, fazendo barulho e bagunça.

Beth arregalou os olhos e apertou a faca em sua mão pelo barulho horrível, que era aterrorizante, eles com certeza não teriam conseguido.

Os zumbis passavam e batiam na lataria do carro, que qualquer momento poderiam ceder o pano que deixa a porta fechada.

Eles permaneciam calados, suando, temendo, desconfortáveis, e torcendo que esse pesadelo acabasse o mais rápido possível.

Beth já estava completamente molhada de suor, quando pelo amanhecer não escutaram mais nenhum barulho de caminhante.

Daryl mexeu desconfortável no pequeno espaço, atraindo a atenção e Beth. 

ele estava encolhido, com a besta firmemente em suas mão, tão suado quanto ela, que por mais estranho que seja, ele estava lindo com o cabelo grudado na testa, o olhar baixo, com as pernas abertas e joelhos semi dobrados, com ela de frente para ele, com essa visão.

Daryl se sentiu observado e olhou para a garota que estava tão focado nele, que nem se deu conta, que Daryl olhava também para ela com uma expressão de dúvida.

Ela sentiu seu sangue subir e ficar nas bochechas, e uma sensação de queimação nas costas, e a vergonha  de ser pegar pelo caçador o observando.

Ela rapidamente se esticou e puxou a bandana, liberando a porta.

O sol bateu com força na pele pálida da garota, mas ela não exitou em sair, fato de está com uma baita vergonha.

Daryl saiu logo depois dela, meio confuso pelos segundos atrás, mas não deixou que isso pudesse afetar.

Eles pegaram o que pudessem usar para o próximo abrigo.

Quando terminaram de recolher as coisas, Daryl saiu andando na frente, mas logo se virou para olhar Beth atrás dele, encontrando novamente o olhar dela nele.

Esse pequeno momento fez Daryl se preguntar, como seria daqui pra frente com ela, as possibilidades de ficar vagando com ela, fazia calafrios subir na espinha. 

Já fazia longas horas que os sobreviventes estavam caminhando no sol quente e agoniante.

Beth podia apostar que de muitas coisas que sentia falta da prisão, o banho entrava com um das principais.

Seu corpo estava fadigado, a sujeira já grudando na pele, isso tudo era algo frustante para ela.

Daryl arregalou os olhos e olhou abismado para a garota do seu lado, o barulho alto que a barriga de Beth fez.

A garota nem parecia ter percebido, pois continua andando, chutando o mato baixo do local.

_ isso foi sua barriga?- ele faz um pergunta retórica, mas queria saber o nível de fome que ela estava sentindo.

_ minha barriga?- ela pergunta, finalmente olhando para ele com uma expressão de duvida para ele.

Como Daryl imaginava, ela não estava prestando atenção em nada, estava em outro mundo.

Sim, Beth tinha que admitir que não estava acordada para esse mundo, sua mente vagava em esquecer seus problemas atuais.

E uma dúvida repentina bateu; o que seu pai sentia quando bebia bebida alcoólica? será que ela realmente fazia pessoas esquecerem a bosta da vida?

_ minha barriga? o que tem minha barriga?- ela pergunta confusa, olhando para a própria barriga.

Daryl se esforçou para não achar fofo uma cena tão besta; A garota olhando para si mesma, depois olhando com aqueles grandes, redondos,olhos azuis, com expressão clara de dúvida.

_ esquece, vou procurar algo para colocar no teu estômago, vê se assim ele fica menos barulhento - ele resmunga e sai com a besta pendurada no ombros.

_ delicado como um cavalo- ela murmura, e sai para o outro lado para arrumar um lugar para montar um acampamento.

Daryl saiu e não queria admitir que estava preocupado com a saúde dela, já tinham muitos problemas, não queriam mais um agora.

Ele suspirou forte quando o esquilo que estava na mira, não conseguiu acertar, enquanto no acampamento, Beth sorria levemente com a conquista de ter conseguido acender a fogueira, pelo menos frio, e comido pelos mosquitos eles não seriam essa noite.

Beth se levantou e pegou a faca.

fazia longos minutos que o caçador tinha saído,  a procura de algo para eles comerem, mas não tinha nem sinal dele.

Ela estava um pouco assustada de ficar sozinha, e mais assutada ainda de ficar longe de Daryl, ele era tudo o que ela tinha agora.

Ela percebeu que sua preocupação era atoa, quando viu Daryl chegar com uma cobra já limpa em suas mãos.

Então esse seria o jantar deles?

Daryl se sentia satisfeito com a conquista do alimento, enquanto Beth sentia seu estomago revirar lentamente, mas era o que tinham, não ia se dá o luxo de ter frescuras.

Beth mordia delicadamente o pedaço de carne em suas mãos, enquanto Daryl parecia um felino selvagem, faminto.

_ Eu preciso de bebida?- ela fala, espertando Daryl do seu momento, mas ele nem se quer a olhou, apenas jogou a garrafa de água para ela.- Não, eu preciso de bebida de verdade, que tenha álcool.- ela fala novamente.

isso só pode ser brincadeira, pensou Daryl cansado, ao ouvir as palavras da garota.